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Literatura

Por Luitgarde Oliveira Cavalcanto Barros, publicado em www.apensocomgrifo.com.br

“Santana do Ipanema, solo sertanejo das Alagoas, cheio de sol causticante durante horas do dia, com tardes quentes e noites frescas por vida, visitada por trovoadas benfazejas.

Durante anos, vez por outra, passava por aqui um médico, e durante 48 horas, consultava uma infinidade de doentes. A maioria procurava os chamados curandeiros (feitores de garrafadas) em quem acreditavam piamente; e uma minoria procurava a farmácia do Sr. Coriolano, mais conhecido por “Carola”, homem prático e muito considerado.

Procedente de Viçosa, apareceu por aqui o Sr. Hermínio Tenório Barros, mais conhecido por “Moreninho”. Era prático de farmácia e enfermeiro. Atendia a todos e não cobrava caro. Faziam parte de sua experiência casos de facada, hemorragia, parto, feridas brabas, dor de estômago, de fígado, etc. Costumava manipular pomadas com as drogas do sertão. Dada a sua habilidade, fora contratado como enfermeiro do 2º Batalhão de Polícia Militar de Alagoas, aquartelado em nossa cidade, sob o comando do Coronel Lucena. Este, indo à cidade de Mata Grande, falou com o Dr. Arsênio Moreira da Silva, e o contratou para ser médico-chefe do batalhão com a patente de 1º Tenente da Força Policial.

 Está claro que o enfermeiro passou a ser auxiliar de enfermagem por não possuir patente alguma. Esse ilustre médico baiano de Jequié, formado na Faculdade de Medicina da Bahia era também laboratorista, tanto assim que chegou a montar um laboratório para exames de fezes, sangue e urina. Fazia também pequenas cirurgias e partos. Aviava receitas e sua atuação na cidade foi enorme, uma vez que não dispúnhamos de nada disso. Quem podia viajar para a cidade próxima, que era Palmeira dos índios, onde tudo existia em ponto pequeno, poderia fazer exames e pequenas cirurgias, pois a cidade contava com três médicos, sendo um operador. 

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