"Com amor eterno eu te amei, por isso com benignidade de atraí.” (Jeremias 31.3).
A palavra eterno é olhada com desconfiança. Às vezes com total incredulidade. Existe mesmo o eterno? O que quer dizer eterno? É apenas uma força de expressão? Uma palavra para meter medo? Um vocábulo para indicar duração indefinida? Um vocábulo para indicar algo que dura para sempre?
Não obstante o preconceito, a Bíblia está cheia deste adjetivo. A palavra eterno é um termo religioso. Soleníssimo. É muito usado com referência a Deus. Deus é eterno, imortal, invisível e único (1 Timóteo 1.17). É uma rocha eterna (Isaías 26.4). Eterno é o seu nome (Isaías 63.12). Seu amor é eterno (Jeremias 31.3). Seu poder é eterno (Romanos 1.20). Sua justiça é eterna (Salmos 119.142), seu domínio é eterno (Daniel 7.14), sua glória é eterna (2 Timóteo 2.10), sua misericórdia é eterna (Isaías 54.8), sua salvação é eterna (Isaías 45.17), sua aliança é eterna (Hebreus 13.20), sua redenção é eterna (Apocalipse 14.6), sua herança é eterna (Hebreus 9.15), sua consolação é eterna 2 Tessalonicenses 2.16) e seu propósito é eterno (Efésios 3.11).
Até ai, muito bem. Pois não se concebe um deus que não seja como Deus, revestido de eternidade de todos os cantos. Deus é assim. No caso dEle, eternidade não significa apenas ausência de fim, mas também de princípio. De início. De começo, pois Deus não tem começo, não foi criado, Ele é Eterno.
A antipatia, a implicância, a ojeriza, o preconceito, a má vontade, o rancor, o ódio, a amargura, a desconfiança e a guerra à palavra eterno acontece quando o adjetivo se junta a certos vocábulos e forma expressões como estas: pecado eterno (Marcos 3.29), sono eterno (Jeremias 51.57), vergonha eterna e horror eterno (Daniel 12.2), castigo eterno (Mateus 25.46), juízo eterno (Hebreus 6.2), algemas eternas (Judas v.6), fogo eterno (Mateus 25.41), chamas eternas (Isaías 33.14) e destruição eterna (1 Tessalonicenses 1.9).
Muita gente detesta essa palavra “eterno” e, para se ver livre dela, para contornar ela ou não acreditar que ela diz o que de fato diz, se faz uma interpretação distorcida para que não alcance seu real significado. É inútil, pois ela continua dizendo o que quer dizer: para sempre, eternamente, que nunca acaba, eras que tombam sobre eras, sem fim, constante, incessante, de duração indefinida, fim, que sempre existiu e existirá.
Esse medo, esse repúdio só acontece porque há na consciência de cada um de nós a certeza de que a vida que termina aqui, continua depois da morte, e essa nova vida que começa é eterna, sem fim. E ela mete medo, causa espanto, por uma razão simples: as pessoas não estão preparadas para enfrentar a eternidade, essa nova fase de uma vida sem corpo físico, pois se trata de uma vida espiritual, boa ou ruim, a depender do estado espiritual de cada ser humano.
Aos que andam com Deus e vivem suas vidas numa relação de respeito, temor e obediência ao Criador, tendo em seus corações a certeza do perdão dos pecados, pois foram perdoados por Jesus Cristo, não há medo da eternidade, do mundo além; ao contrário, há uma alegria indizível a respeito do que Deus tem preparado para esses (1 Coríntios 2.9).
A única maneira de você olhar com simpatia e sem medo algum para a palavra eterno é deixar o caminho mau, a vida errada, o seu próprio caminho, e transferir-se para o caminho eterno, o Caminho chamado Jesus (João 14.6), pois andar em Jesus é viver segundo a sua vontade, pois através dEle e somente por Ele é que chegaremos à vida eterna (João 3.16).
Pense nisso!
Deus te abençoe.
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