É de conhecimento nosso que o planejamento participativo é muito grande. Quando ocorre a participação de várias pessoas no planejamento, abre-se um leque bem maior de opções, mais experiências a serem passadas, diferentes olhares sobre os temas tratados. Além de permitir a ampliação da capacidade de ação, complementação de especialidades, até mesmo diminuindo custos e permitindo um trabalho com mais qualidade.
O Planejamento participativo permite coordenar idéias, ações, perspectivas e compartilhar preocupações e utopias, em vez de priorizar a conformação de instâncias formais e estáticas. Não cremos que haja um "modelo" para isso. De acordo com as características próprias de cada coletivo, encontrar-se-á o mais adequado. Em todo caso, deve contribuir para maior eficácia, clareza e profundidade no que se faz.
Trabalhar um processo participativo de planejamento permite:
• maior consciência sobre a missão da organização,
• um melhor entendimento da estrutura da organização e da relação do ambiente interno com o contexto social, econômico e político.
• a criação de novos instrumentos de análise e previsão;
• estabelecimento de critérios para a definição de prioridades e alocação de recursos;
• formas de aprendizado recíproco;
• uma melhor compreensão das dificuldades enfrentadas nas diferentes instâncias da organização e maior cooperação entre elas;
• uma maior cooperação entre as diferentes instâncias no sentido de obter maior eficiência e eficácia, abrindo caminhos para novas formas de gestão, aumentando a capacidade de resposta às demandas tanto internas como externas;
• uma otimização dos recursos disponíveis, possibilitando uma relação mais positiva entre custos e benefícios, diminuindo o peso dos gastos administrativos;
• a definição clara de funções e a articulação funcional e operativa entre as diferentes instâncias
• uma consciência da globalidade e interdependência entre as diversas atividades.
• Uma consciência da responsabilidade de cada um na obtenção dos resultados.
O ponto inicial do projeto de planejamento participativo, questões essenciais:
1. Identificação
- O que queremos alcançar?
2. Formulação
- A que distância estamos daquilo que queremos alcançar?
Neste momento se inclui a identificação dos PROBLEMA, seus INDICADORES (apresentação dos dados quantitativos ou qualitativos que demonstram a existência do problema) e suas CAUSAS (descrição, de forma clara e objetiva, das principais causas do problema selecionado). Uma análise dos antecedentes da situação problemática e das experiências prévias para resolver os problemas, dará informação útil para o processo de planejamento. É fundamental fazer que os problemas a serem tratados pelo Plano partam do seio da comunidade e torna-se necessário também hierarquizá-los. Para tal será útil elaboração de uma árvore de problemas, enquanto método que mostra a relação entre a causa e o efeito dos problemas identificados.
3. Exame e compromisso
- O que faremos concretamente (em um prazo predeterminado) para diminuir esta distância?
Envolve as OPERAÇÕES (seleção de uma ou mais estratégia que visando resolver o problema e atingir os objetivos), tomando em conta as próprias possibilidades e identidade como entidade executora do projeto. ), os RECURSOS necessários e a definição do PRAZO DE EXECUÇÃO
4. Implementação e acompanhamento da execução das operações pensadas
5. Avaliação/revisão
Contempla os RESULTADOS esperados com cada operação, a AVALIAÇÃO da operação e, finalmente, a REVISÃO GERAL de todas as operações.
Análise dos resultados e do impacto do projeto. A avaliação deve começar durante a implementação, para poder tomar medidas para resolver eventuais problemas. Depois da implementação do projeto, a avaliação é utilizada para emitir recomendações para projetos similares ou projetos de continuação.
ROGIVALDO CHAGAS
Geógrafo e Pós-Graduando em Gestão Pública Municipal, atualmente ocupa o cargo de Diretor de Meio Ambiente em Santana do Ipanema.
Comentários