Animais domésticos fazem parte da vida da humanidade desde os primórdios. Há algumas controvérsias sobre qual foi o primeiro animal a ser domesticado pelo homem. Alguns defendem a tese de ter sido o cão, o cachorro. Há quem diga ter sido o gato, há indícios da presença desses animais em túmulos de antigos faraós. Alguns estudiosos do assunto defendem ter sido um parente longínquo do cavalo.
A história que contaremos, pretensão nenhuma tem de ser um ensaio, muito menos um tratado sobre adestramento de animais. Tudo o que queremos é apenas narrar as peripécias de um amigo, que no tempo de sua juventude - que por acaso fora também à nossa, dos anos setenta - se inventou de adestrar um cachorro. É preciso que digamos que inspiração pra isso buscou na figura de Walter de Seu Marinheiro que era um exímio adestrador de bichos. Adestrava periquitos, papagaios, patos, micos, felinos, e cães.
Um fato curioso nos ocorre no momento, achamos que deva haver um grande paradigma entre grandes líderes e seus governos com animais: O governo americano associada à astuta águia; A Rússia à um urso; A França e Portugal, um galo; O Porco à China; Rinocerontes, Coiotes e leopardos configuram nas bandeiras de diversos países africanos; O temível crocodilo a Austrália, e por aí vai.
Santana do Ipanema, tem sua galeria de governantes e rememorando vemos que pra cada administração vamos encontrar uma simbologia correlata de determinado animal: Adeildo Nepomuceno ergueu estátua ao Jumento; no tempo de Isnaldo Bulhões tinha nas árvores da praça do comércio, uns Bichos Preguiça; Genival Tenório um mini-zoológico fez na praça da bandeira e o bicho que mais chamava atenção era um Papa-Mel; Paulo Ferreira e irmãos, eram donos da SACOL, que o matuto chamava Socó, uma ave; Nenoi este traz o bicho no próprio nome: Pinto. Marcos Davi entra pra história montado no seu cavalo.
E a história de Toinho Barbeiro? Estava ele, praticando o seu esporte preferido: Arremesso do conteúdo de um copo à garganta, na mesa de um bar, tendo de companhia um cachorro pastor alemão preso a uma corrente. Nisso chegou por ali, seu compadre Aderval de Zé Urbano, vulgo Papa-Figo. E o cabeleireiro pra se mostrar, deu início ao seguinte diálogo:
-Tá vendo esse cachorro compadre! Pense como é “ensinado”! Fui eu que adestrei...Tudo que eu mando fazer ele faz! Quer ver? Deita Rex!
Rex não saiu do lugar.
-Deita Rex!
E Rex nem aí. Toinho perdendo a calma, tirou o cinto de couro de suas calças, deu uma dobra. E dizendo a voz de comando baixou tremenda lapada no lombo do coitado de Rex que arriou caindo de lombada no piso.
-Viu como é obediente?
-Compadre depois de uma lapada dessa...Eu mesmo, não só me deitava como me cagava todinho!
Fabio Campos 28/12/2010 É Professor em S. do Ipanema-AL.
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