GUILHERME DE ALMEIDA, UM BARDO DO PASSADO

Antonio Machado

A musa inspiradora não sopra onde se quer, mas onde ela quer daí à dificílima arte de se ser poeta. A criança perguntou a sua mãe: “mamãe, quem é àquele, pregado naquela cruz? E a mãe, piedosamente, responde: meu filho, é Jesus, a santa imagem dele”.Vê-se nesse jogo de palavras,uma das belas obras poéticas,exaltando a figura impar da humanidade.Os poetas tem de várias maneiras exaltado a pessoa de Jesus ao longo da historia,seus feitos e virtudes.O ser poeta parece estar acima dos valores dos outros,parecem ser seres iluminados pela luz tênue da poesia,são capazes de perceberem,os pontos que se eternizam no tempo e perenizam-se nas mentes dos cantadores,tornando-se comum,ler-se fragmentos de poetas que parecem já terem se diluído na voragem do tem,quando as vezes,surgem belas e luminosas na calenda do tempo,como a se perpetuar,saindo do ostracismo para os dias hodiernos.
Como escreveu Benito Crose “a historia é o conhecimento do eterno presente, a historia é o conhecimento vivo do passado”,e se condessa na poesia,tornando-a mais bela e coloquial,mormente por aqueles que admiram as duas vertentes da literatura.A poesia nasceu com o homem,entretanto,cabe a ele a aperfeiçoar,seguindo as regras,as normas que a arte requer.
Trazemos nesse artigo, a figura ímpar de um dos maiores poeta do Brasil, Guilherme de Almeida, sendo filho do casal Dr. Estêvão Araujo de Almeida e Angelina de Andrade Almeida, nascido em Campinas estado de São Paulo aos 24 de julho de 1890, há 128 anos, nasceu talhado para poesia trazido nas asas dos deuses para amenizar as tensões humanas. A poesia estava nas veias daquele bardo amante das letras, transformando-as nos maiores sonetos e poemas, a ponto de ser detentor também do titulo de príncipe dos poetas brasileiro.
O mundo de seu tempo cantou suas poesias carregadas de amor e lirismo, dentro da métrica que só um poeta de genial quilate sabe fazer, e foi com o fio do tempo que o destino torceu sua linda historia, como escreveu Humberto de Campos. Guilherme de Almeida foi combatente e combativo, não sabendo apaniguar,quando carecia da verdade,talvez esse ideal mais arredio, o levou a exila-se fora do pais,contudo na volta,sua poesia estava mais alcandorada por seus admiradores.Uma vez formado em direito,escreveu e publicou seus primeiros versos em 1904,que se intitulava de “Nós’’,daí em diante nascia o poeta dos grandes sonetos feitos dentro da performance e da profundidade.Homens das letras estava atávico a poesia viveu nas redações dos maiores jornais do país do seu tempo,emprestando-lhes seu saber enaltecendo as letras daqueles diários, hebdomadários que eram devorados avidamente pelos leitores,notadamente quando se inseria matéria do poeta Guilherme de Almeida.Foi poeta admirado pelo povo,porque sabia manejar a pena em todas as nuances,sem macular ninguém,sem fugir sua retórica de bardo famoso,valendo aqui o poema do imortal Luiz de Camões “o amor é um fogo,que arde sem se ver/é dor que dói,e não se sente/é o contentamento descontente/é dor que desatina sem doer’’.Guilherme de Almeida escreveu mais sonetos em suas obras que também era entremeadas de poesia,foi ovacionado no exterior por seu talento,tendo escrito sessenta livros deixou nome na historia que ainda o reverencia com respeito e admiração.Escreveu Guilherme: “não crês,porque não vês.È a duvida secreta que em vão se desafia,a sombra pode ser o corpo que o projeta,mas nunca a luz que o cria’’.O trabalha cansa o corpo vergando-lhe para terra de onde veio,para mostra-lhe a finitude humana,e finalmente no dia 11 de julho de 1969 falece o imortal Guilherme de Almeida,hoje a literatura o reverencia para que as gerações presentes e vindouras conheçam sua historia.

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