Nos tempos contemporâneos, a expressão "justiça injusta" ganha cada vez mais relevância diante das diversas distorções que comprometem a credibilidade do sistema jurídico e da convivência social. Em um cenário de crescente polarização, observamos a tendência perigosa de "cancelar" aqueles que pensam diferente, além da violência política que se manifesta nas tomadas de partidos e na repressão aos chamados oponentes. Este quadro é ainda agravado pelas brechas na lei que favorecem os mais abastados, a parcialidade nos julgamentos e a falta de imparcialidade de quem tem a responsabilidade de julgar. Juntas, essas questões não apenas minam a justiça, mas alimentam um ciclo de criminalidade e desconfiança.
A cultura do “cancelamento” deslegitima o diálogo e a convivência pacífica. Em um ambiente onde vozes divergentes são silenciadas, quem se sente pressionado a alinhar suas opiniões com as da maioria acaba adotando comportamentos que podem levar a delitos. O medo de ser cancelado gera conformismo, levando à intolerância e ao radicalismo. Essa repressão ao pensamento crítico não educa, mas sim deseduca, gerando frustração e podem levar indivíduos a ações extremas, em resposta à exclusão social.
A violência política reflete essa desintegração social, onde a tomada de partidos não se dá apenas no plano das ideias, mas também no campo da agressão física e verbal. Ao tornar os opositores alvos de ataques, legitima-se, na mentalidade de muitos, o uso da força como meio de convencer ou eliminar divergências. Essa atmosfera tem um impacto profundo na maneira como a justiça é percebida e aplicada, uma vez que o conflito se torna um meio de “justificar” ações violentas sob uma suposta moralidade.
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Colunistas: A INJUSTIÇA NÃO EDUCA, MAS INDUZ AO CRIME
LiteraturaPor Pe. José Neto de França 29/11/2024 - 17h 42min Acervo do autor
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