O ano de 1978, é um marco na minha vida. Nele alcancei a maioridade. Tudo muda na vida de alguém que atinge a maioridade. Se fôssemos um índio, por certo um ritual de iniciação teria que marcar esse momento. Sem contar que numa aldeia indígena a maioridade pode chegar muito antes dos dezoitos anos. Para os civilizados um série de documentos a serem providenciados: RG; CPF; Título eleitoral, carteira de trabalho etc.
Seria esse o ritual de iniciação a vida adulta? Portar documentos? O direito de entrar em ambientes antes proibido para menores: cinema, quando o filme era apenas pra maiores de 18. Andar na rua altas horas da madrugada, comprar cerveja e cigarros frequentar bordéis. Mudar o visual: calça comprida ao invés de calções com suspensórios. Poder viajar sem a necessidade de acompanhante, ou a permissão dos pais.
Tudo o que antes parecia tão distante, inatingível, bastou uma data virar no calendário, e todas as portas antes fechadas agora se abriam. Claro, que não foi bem assim. Isso porque a vida adulta tem um preço. Diga-se de passagem, um preço justíssimo! Ter que se autossustentar era uma das regras.
No entanto, a maior conquista que tive ao tornar-me adulto, não foi nenhuma dessas coisas. Mais do que tudo isso foi o direito a cursar Datilografia e concluir um curso de Correspondente Comercial, ambos ofertados gratuitamente pelo SENAC –Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial.
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Colunistas: ATA, COMO ASSIM?
LiteraturaPor Fábio Soares Campos 23/04/2024 - 13h 31min Acervo do Autor
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