Nos dias 12 e 13 de abril, aconteceu o júri épico do cangaceiro Corisco, que integrava o bando de Lampião.
O júri aconteceu no auditório do Instituto Federal de Alagoas - IFAL de Piranhas, tendo como assistente de acusação do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL), Vagner Paes; o presidente da Comissão do Tribunal do Júri da OAB/AL, Hugo Trauzola, e a advogada criminalista Kyvia Maciel.
Do outro lado, atuando na defesa do cangaceiro, estavam o presidente da Caixa de Assistência dos Advogados (CAAAL), Leonardo de Morais e os advogados criminalistas Graciele Queiroz e Welton Roberto.
O julgamento foi conduzido pelo juiz federal de Sergipe, Kleiton Ferreira. Já o corpo de jurados foi escolhido por meio de sorteio entre o público presente.
Representando a Família de Corisco, participou a advogada criminalista Agatha Bulhões, trineta de Corisco, que na abertura do júri falou da sua emoção em poder participar e ansiosa por ver o desenrolar do evento.
“O Júri Épico foi uma experiência gratificante para mim. No primeiro dia do evento eu fui convidada a compor a mesa de abertura e pude falar sobre a importância do meu bisavô no legado de Corisco, o quanto ele foi fundamental para a preservação da memória do meu trisavô, mesmo que de forma sintética, tenho muito orgulho e fico muito feliz de ter tido a oportunidade de fazer essa pequena homenagem ao bisavô que tanto amo.
Ademais, houve uma exposição magnífica de ambos os lados, acusação e defesa expuseram de forma primorosa as suas teses, um grande ressalto a banca de defesa, representada pelo Dr. Leonardo Moares, Dr. Welton Roberto e Dra Graciele Queiroz que trouxeram a virada de chave para que houvesse absolvição, convocando os jurados para que voltassem no tempo, ao ano de 1938, e julgassem como se naquele momento estivessem, estes incumbidos como representantes da sociedade da época, estratégia esta que logrou êxito.
Por fim, ter a experiência vivida de ver meus trisavós em carne e osso me encheu os olhos, muito bem representados pelos atores, em especial meu primo Jedson Carlos, que interpretou Corisco de forma impecável. Ressalto que tanto eu quanto Jedson descobrimos o parentesco durante o evento, uma surpresa maravilhosa. Vejo o evento como uma forma de reforçar a cultura e a memória de Corisco, ao mesmo tempo que traz um olhar mais humano sobre o tão temido “Diabo Louro”, desmistificando sua figura.
Em síntese, posso dizer que foi de fato ÉPICO, me concedeu vários momentos maravilhosos e honrou minha família e meu tataravô, posso dizer que meu bisa Sílvio ficaria feliz de assistir.”Agatha Bulhões – Trineta de Corisco
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