Santana do Ipanema foi confirmada entre todos os municípios alagoanos para receber o projeto Água Atmosférica – Bebendo Água do Ar, uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) que vai gerar água potável a partir da umidade do ar.
Na tarde desta quinta-feira (19), a prefeita Christiane Bulhões recebeu em seu gabinete o gerente de implantação e representante do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), José Esivaldo, que veio a Santana acompanhar as obras de construção do prédio onde serão instalados os equipamentos, na Escola Municipal Antônio Rodrigues Damasceno, em Olho D’Água do Amaro.
Participaram da reunião o chefe de Gabinete, Cleudson Nobre, o secretário de Desenvolvimento Rural, Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Santana, o engenheiro Lucas Monteiro e o construtor Jório Ismael.
Projeto Água Atmosférica – Bebendo Água do Ar
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), através da Secretaria de Pesquisa e Formação Científica (SEPEF), está desenvolvendo no Semiárido Brasileiro o projeto Água Atmosférica – Bebendo Água do Ar. A iniciativa tem como objetivo realizar um projeto de pesquisa científica para avaliar o impacto na saúde humana em comunidades escolares a partir da geração e oferta de água potável obtida da umidade do ar. O projeto tem como parceiros o INSA – Instituto Nacional do Semiárido, e a Fiocruz, por meio da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP). A empresa Watergen fez doação de 10 equipamentos GEN-350 para o projeto.
O INSA, Unidade de Pesquisa vinculada ao MCTI, tem vasta experiência acumulada com projetos no tema de recursos hídricos no semiárido. O INSA está atuando na preparação e adequação dos pilotos nas escolas que receberão sistemas de geração de água atmosférica. Além disso, promoverá treinamento de operadores locais que farão a manutenção e acompanhamento dos equipamentos. Serão atendidas quatro escolas em municípios do Semiárido, selecionados a partir de critérios técnicos: Santana do Ipanema (AL), Retirolândia (BA), Monsenhor Tabosa (CE) e João Câmara (RN).
A Fiocruz, por sua vez, irá desenvolver e aplicar metodologia de avaliação de impacto na saúde humana com base em sete dimensões: sanitária, ambiental, tecnológica, mental, sociocultural, econômica e epidemiológica. Algumas atividades de diagnóstico preliminar já estão sendo conduzidas pela Fiocruz, assim como atividades de sensibilização e orientação junto às comunidades escolares. A expectativa é que as escolas estejam prontas para iniciar a produção de água atmosférica a partir de setembro de 2021, dependendo do calendário escolar de retorno as aulas presenciais.
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