Dizem os estudiosos, que a natureza vilipendiada pelo homem, vinga-se, dando lhe flores, mas as flores só emergem da terra, quando regadas pela água, e esta está longe das terras adustas do sertão. Do nefasto e triste ano de 2019, que entregou o bastão ao ano novo de 2020, carregado de dívidas e incertezas sublimado por uma seca implacável e tirana, que vem levando o sertanejo ao canto da cerca. As árvores secas e hirtas que ainda sobrevivem nas serras parecem mãos postas clamando a natureza por chuva, pois as que caíram, sequer deram para florescer os paus d’arcos e as craibeiras, como símbolos vivos da flora sertaneja, o sopé das serras dos Tonicos e Riacho d’água, acidentes físicos que margeiam a cidade bucólica de Olho d’Água das Flores estão com seus dorsos escarpados pela ação nefasta da seca tirana que tudo assola, somente os raios do sol crestam os cimo das últimas arvores que teimam em resistirem a força bravia de uma seca sem precedente.
Não fosse, pois, as magras ajudas do governo, no quesito água, o sertanejo, de há muito já havia sucumbido, porem esse homem forte e bravio é o que de mais importante possui o sertão, pelo conjunto de forças, constitui-se, um herói sem troféu, haja vista sua luta acirrada na busca do pão nosso de cada dia, numa terra seca e a falta de assistência, não existe técnica para se cultivar a terra, sem chuva, em tempo de seca, metrologia não marca chuva, só onde já está chovendo, porque esse controle não está na terra mais no compasso dos fenômenos que envolvem as camadas nucleares que geram as chuvas.
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Colunistas: ENFIM, 2020 - por Antonio Machado
LiteraturaPor Redação com Antonio Machado 15/01/2020 - 16h 55min Reprodução Google
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