O provedor da Santa Casa de Maceió, Humberto Gomes de Melo, recebeu agora há pouco a bancada feminina da Assembleia Legislativa de Alagoas.
O grupo parlamentar é formado pela deputadas estaduais Flávia Cavalcante (PRTB), Jó Pereira (MDB), Fátima Canuto (PTB), Ângela Garrote (PP) e Cibele Moura (PSDB).
Em pauta, como ampliar o atendimento pelo SUS, equacionando as limitações de recursos da saúde e a tabela deficitária do Sistema Único de Saúde.
Participaram do encontro o diretor administrativo-financeiro Dácio Guimarães, o diretor médico Artur Gomes Neto, os superintendentes Carlos André de Mendonça Melo (Engenharia e Infraestrutura) e Severino Moura (Produção Assistencial e Suprimentos) e a gestora Aishá Gois (Linha Oncológica).
Os médicos Marcos Davi Melo e Renato Resende também acompanharam a reunião e a visita das parlamentares à Santa Casa de Maceió
O provedor Humberto Gomes de Melo abriu o encontro lembrando que 31% dos pacientes SUS atendidos na Santa Casa de Maceió são portadores de câncer.
Por isso, a área oncológica respondeu sozinha, em 2018, por 1/3 do déficit do hospital, algo próximo a R$ 15 milhões de um total de R$ 48 milhões que a instituição deixou de receber para cobrir os custos da assistência prestada aos pacientes do SUS.
Para o provedor, um dos problemas reside na defasagem da Tabela SUS, que não é reajustada há 17 anos.
Segundo o diretor administrativo-financeiro Dácio Guimarães um passo importante seria a mudança de critérios para o repasse de incentivos e recursos da saúde.
Segundo ele, a meritocracia deveria ser o requisito principal, ou seja, quem produz mais e com mais eficiência e menos perdas, deveria receber proporcionalmente mais.
As parlamentares afirmaram que estão dispostas a levar as questões para discussão na assembleia e até mesmo junto à bancada alagoana na Câmara dos Deputados.
A bancada feminina tem atuado na área da saúde em áreas como oncologia, atenção básica, proteção e saúde da mulher etc.
Tabela SUS
Para fazer face aos atendimentos de pacientes do SUS, em internações e ambulatório, a SantaCasa recebeu R$ 69,23 milhões, enquanto os custos corresponderam a R$ 142,31 milhões.
Resultado: para cada R$ 100,00 de despesas, com os pacientes do SUS, a instituição recebeu apenas R$ 48,65.
Com os incentivos líquidos, recebidos do Ministério da Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde de Alagoas e da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió, que corresponderam a R$ 25,16 milhões, os prejuízos assumidos pela Santa Casa de Maceió foram minimizados, mas, mesmo assim, para cada R$ 100,00 de custos, com assistência hospitalar e ambulatorial, prestada a pacientes do SUS, a instituição recebeu (incluindo os incentivos) apenas R$ 68,33.
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