O sol caiu no poente vermelho como uma bola de fogo, o calor que evolava da terra seca, prenunciava uma noite quente. O céu não tinha um pedaço de nuvem, foi assim o dia todo. Era uma noite de plenilúnio. A lua surgiu avermelhada por trás dos ouricurizeiros, que no clarão, suas palhas brilhavam dentro de um verde escuro muito bonito. Aos poucos, o clarão naquela noite foi espalhando sua luz sobre a terra seca, queimada pelo sol escaldante daqueles dias de tanto calor.
A água estava escassa tanto nos açudes quanto nas cacimbas de minação. O ano anterior tinha sido seco, não deixando quase nada de lavoura, o povo estava cheio de aperreio, porque além da falta de alimentos, a seca teimava em aumentar mais a situação de penúria do sertanejo. O que fazer diante de tantos problemas? Lá no céu a lua fazia sua jornada ao poente aspergindo seu luar prateado, indiferente a tudo e a todos, essa era sua missão como astro que só mostra sua grandeza, quando a noite se torna mais escura, porque o luar é seu, e quando vai embora engolida pelo poente, leva seu belo clarão.
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Colunistas: COISAS DA SECA - por Antonio Machado
LiteraturaPor Redação com Antonio Machado 09/04/2019 - 15h 36min http://pastorjohncidadao.blogspot.com
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