Assembleia decide o fim da greve, mas mantém as mobilizações em defesa dos direitos sociais e trabalhistas
Em assembleia convocada pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), os professores da Ufal decidem o fim da greve, seguindo a orientação do Comando Nacional de Greve (CNG). A assembleia aconteceu nesta segunda-feira (19) no auditório da Reitoria, Campus A.C. Simões, em Maceió, e teve uma expressiva adesão ao retorno das atividades.No total, 75 docentes votaram pelo encerramento da greve, nenhum voto contrário e seis abstenções. Apesar deste encaminhamento, a Adufal mantém o estado de mobilização permanente contra as medidas do governo Temer. O Comando Local de Greve transforma-se em Comando Local de Mobilização e irá discutir o calendário de lutas para continuar dialogando com a sociedade sobre as reivindicações da classe trabalhadora e pressionando o governo para impedir que as contrarreformas propostas pelo governo aconteçam.
Para a presidenta da Adufal, Ana Maria Vergne, a luta pelos direitos e pela defesa dos serviços públicos mantém-se na agenda prioritária da Associação e não se encerra com o fim da greve. ?A aprovação da PEC 55 não determina o fim da nossa luta. Nós tivemos ganhos organizativos muito importantes. Conseguimos aglutinar forças, dialogar com a sociedade sobre a nossa pauta e construímos ações ampliadas com outros setores, em especial com os estudantes e técnicos da universidade. Aprovamos o fim da greve mas vamos continuar somando forças para barrar esse pacote de medidas regressivas do governo golpista de Michel Temer?.
Durante o debate, os professores decidiram pelo retorno imediato das atividades. No entanto, a definição do novo calendário letivo está sendo construindo entre a gestão da universidade, junto a Adufal. A proposta será encaminhada para a aprovação do Conselho Universitário da Ufal- O Consuni. O indicativo é que este fórum se reúna ainda esta semana e a partir daí seja apresentado o calendário letivo da universidade.
Quarenta e quatro (44) instituições de ensino superior estavam em greve e retornam suas atividades de forma unificada após deliberação do Comando Nacional de Greve. Apesar da PEC 55 ter sido aprovada no senado, outras medidas estão em curso, como é o caso da Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista, que exigem organização da classe trabalhadora para impedir essas retiradas de direitos.
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