Alagoana busca apoio para o maior concurso de gastronomia do mundo

Cultura

Pró-Pauta Assessoria de Imprensa

Restaurantes se mobilizaram para oferecer vouchers e jantares em troca de apoio para a chef Giovanna Grossi

O Bocuse d?Or ? considerado como as olimpíadas do chefs pelos especialistas, acontece em Lyon, na França, em janeiro (24 e 25). A cozinheira alagoana, Giovanna Grossi, foi selecionada, depois de ganhar a etapa Brasil e latino américa do concurso e disputa o ouro entre 24 países. A cozinheira e equipe realiza um financiamento coletivo por meio da plataforma ?catarse.me? na tentativa de arrecadar dinheiro para os gastos com o evento.

A chef foi a primeira mulher da história do concurso a ganhar a etapa Brasileira e Latino América do Bocuse d?Or, além de ser a mais jovem cozinheira brasileira a conquistar um lugar na grande final. O treino para Lyon está intenso. Começou em março deste ano, após a etapa continental da disputa ? que aconteceu no México. Além de usar muitos ingredientes todos os dias, o time brasileiro precisa de apoio para passagens áreas, hospedagem, a louça que será utilizada no dia do concurso e ainda para a bandeja que serve o prato principal.

O Chef Laurent Suaudeau ? Presidente do Comitê Brasileiro do Bocuse d?Or, acompanha os treinos que estão acontecendo dentro da escola que leva o nome do chef, Escola Laurent Suaudeau, em São Paulo-SP. Ele explica a importância de uma excelente preparação e concentração.

?Sabemos de todas os desafios que o Brasil enfrenta e acreditamos que o concurso é uma forma de superar tudo isso. Podemos mostrar para o mundo que temos muita capacidade e competência. Não falta talento dentro do Brasil, vamos mostrar que podemos competir de igual para igual, além de levar para o maior concurso de gastronomia do mundo o melhor da cozinha brasileira?, disse Suaudeau.

Por causa da falta de apoio, a equipe brasileira iniciou um financiamento coletivo. Restaurantes do Brasil inteiro se mobilizaram e cederem refeições ou vouchers para os estabelecimentos que comandam em troca de apoio para a candidata brasileira. Além dos jantares, cartões postais e camisas do time estão na lista para quem quiser fazer uma doação. A partir de R$12,00 já pode ser feita uma doação e receber algo em troca e, também, podem ser feitas doações espontâneas.

Maceió, João Pessoa, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte são algumas das capitais onde o torcedor pode encontrar vouchers para consumir em troca de doação.

O objetivo é arrecadar em dinheiro, 30mil reais, porém é a expectativa é de que esse valor seja ultrapassado. Segundo a candidata, são sete passagens áreas internacionais, custos com alimentação, transporte dos alimentos e equipamentos ? muitos serão levados do Brasil, além de toda a louça que é de responsabilidade do time produzir e representa 20% da nota final.

?A culinária e restaurantes representam para o Brasil quase 10% do PIB. A gastronomia é algo que deve ser levado a sério aqui no nosso País. Acreditamos ter a chance de mostrar do que somos capazes e que temos competência na frente dos maiores críticos de gastronomia do mundo. O concurso, infelizmente, gera muitos custos. Por isso, contamos com apoio de quem puder nos ajudar e, claro, da nossa torcida que sempre nos motiva a ir em frente?, contou Giovanna.

Sobre a chef Giovanna Grossi:

Formada pela faculdade Anhembi Morumbi de São Paulo, Giovanna Grossi tem uma história marcada pelo talento e muita dedicação à gastronomia. Ainda na faculdade, a chef foi para a Espanha fazer cursos de gastronomia. Ao terminar o curso, foi para a França estudar mais e trabalhar também. Lá, atuou em casas famosas como a Quique Dacosta, que está entre os 50 melhores restaurantes do mundo.

Em 2015, começava uma fase de vitórias para Giovanna Grossi. Enquanto se dedicava à especialização, ela enviou uma receita para disputar a etapa brasileira do Bocuse d?Or e foi selecionada. A jovem, que tinha apenas 23 anos, surpreendeu os jurados e foi a primeira mulher a vencer a fase nacional do concurso. O ouro garantiu a vaga para a etapa latino americana, em 2016, no México. Lá, veio mais um lugar no topo do pódio e o passaporte para o mundial, na França. As conquistas de Giovanna Grossi renderam muito destaque na imprensa e elogios de chefs de peso como Alex Atala, único brasileiro a ganhar duas estrelas Michelin pelo restaurante que comanda.

A gastronomia brasileira vive um momento histórico. O Brasil não disputa a final do Bocuse d?Or desde 2013. Além de representar bem o nosso País, Giovanna Grossi leva características da culinária brasileira com ingredientes típicos do País. A torcida verde e amarela pode participar desse momento como uma espécie de patrocinadora. Para ajudar os nossos representantes neste desafio de apresentar a nossa rica e deliciosa cozinha, é só acessar o site www.catarse.me e fazer uma doação para a campanha.

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