Quase metade dos alunos do 9º ano em Alagoas já usou drogas ou álcool, aponta pesquisa do IBGE

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Por Roberta Cólen Do G1 AL

Dados são da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), do IBGE.
Estudo ainda aponta que 2,8% dos estudantes foram forçados a fazer sexo

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com estudantes do 9º ano revela que quase metade dos alunos com idade entre 13 e 15 anos já experimentou drogas ilícitas ou álcool alguma vez na vida.

Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), divulgada nesta sexta-feira (26), que deve auxiliar na elaboração de políticas públicas focadas no desenvolvimento de comportamentos saudáveis em idades precoces.

O levantamento, realizado em 2015, aponta que 47% dos entrevistados admitiram já ter ingerido bebida alcóolica e 33,5% falaram que já ficaram embrigados. Apenas 12,2% falaram que tiveram problemas com a família, amigo, perderam aulas ou brigaram porque tinham bebido.

Em relação às drogas ilícitas, 41,8% falaram que experimentaram drogas nos 30 dias anteriores à pesquisa. 41,4% assumiram que usaram maconha e 5,3% disseram ter fumado crack.

26/08/2016 10h31 - Atualizado em 26/08/2016 11h07
Quase metade dos alunos do 9º ano em Alagoas já usou drogas ou álcool
Dados são da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), do IBGE.
Estudo ainda aponta que 2,8% dos estudantes foram forçados a fazer sexo.

Roberta CólenDo G1 AL
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Bebida alcoólica é a principal responsável por cirrose em Rio Preto (Foto: Reprodução/TV TEM)
47% dos estudantes de Alagoas admitiram já ter
experimentado álcool (Foto: Reprodução/TV TEM)

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com estudantes do 9º ano revela que quase metade dos alunos com idade entre 13 e 15 anos já experimentou drogas ilícitas ou álcool alguma vez na vida.

Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), divulgada nesta sexta-feira (26), que deve auxiliar na elaboração de políticas públicas focadas no desenvolvimento de comportamentos saudáveis em idades precoces.

O levantamento, realizado em 2015, aponta que 47% dos entrevistados admitiram já ter ingerido bebida alcóolica e 33,5% falaram que já ficaram embrigados. Apenas 12,2% falaram que tiveram problemas com a família, amigo, perderam aulas ou brigaram porque tinham bebido.

Em relação às drogas ilícitas, 41,8% falaram que experimentaram drogas nos 30 dias anteriores à pesquisa. 41,4% assumiram que usaram maconha e 5,3% disseram ter fumado crack.

Clique aqui para ter acesso à pesquisa completa

O estudo aponta relação entre a entrada precoce na puberdade e a adoção de comportamentos de risco para a saúde, além de aumento na exposição a fatores de risco com o avançar da idade.

Segundo os pesquisadores, comportamentos adquiridos na adolescência tendem a se perpetuar na vida adulta, com as respectivas consequências para a qualidade de vida.

Embora a taxa do consumo de drogas ou álcool fique na média da registrada no país, 46,6% e 55,5%, respectivamente, o estado tem a menor taxa de estudantes com idade entre 13 e 15 anos que já tiveram alguma relação sexual, 20,8%.

Ainda segundo a pesquisa, 63,2% dos entrevistados falaram que usaram preservativo na última vez que fizeram sexo. Na outra ponta da tabela, Roraima aparece como o estado onde mais jovens se relacionaram sexualmente, 41,4% dos entrevistados.

Na análise por Grandes Regiões, as Regiões Norte (36,1 %) e Sudeste (25,0%) tiveram o maior e menor percentuais, respectivamente, de jovens com vida sexualmente ativa.

O número de estudantes que já tiveram relação sexual aumenta quando observados os dados apenas das capitais. 24,9% dos entrevistados em Maceió admitiram já ter tido relação sexual. Essa taxa, entretanto, é menor que a observada na capital alagoana em 2012, quando eram 28,2%.

Sexo forçado

Um dado inédito da pesquisa este ano é sobre os jovens que foram forçados a ter relação sexual alguma vez na vida. Em Alagoas, 2,8% dos alunos do 9º anos admitiram já ter passado por isso. A média brasileira é de 4%.

Segundo a PeNSE, em geral, crianças e adolescentes do sexo feminino têm mais risco de sofrer violência sexual e os do sexo masculino maior risco de sofrerem violência física. No estado alagoano, apenas .

Bullying

Para a pesquisa, o bullying já é considerado uma importante questão de saúde pública e exige estratégias intersetoriais de enfrentamento. Dentre as consequências a médio e longo prazo pode-se citar maior risco de desenvolver transtornos emocionais como ansiedade, depressão, transtornos alimentares, abuso de drogas e até suicídio.

Em Alagoas, 57,6% dos estudantes falaram que já se sentiram humilhados por colegas de escola. 15,4% é o dado de quantos adolescentes já esculacharam, zombaram, mangaram, intimidaram ou caçoaram algum colega, tanto ele ficou magoado, aborrecido, ofendido ou humilhado. Apenas 8,2% dos entrevistados disseram que tratam bem ou que foram prestivo.

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