A santanense Lícia Maciel, graduanda do curso de Letras/IFAL e servidora da Câmara de Vereadores de Santana dfo Ipanema, participou do Encontro de III Escritores Canindeenses a convite do escritor Evanilson Oliveira Santana (Tinho Santana).
O evento aconteceu no dia 23 de julho de 2016 e marcou também a instalação da Academia Canindeense de Letras e Artes ? ACLAS. Na oportunidade aconteceu o lançamento de dois livros, um de literatura infantil (primeiro encontro) contendo textos produzidos por escritores mirins, e uma antologia que reuniu obras de escritores canindeenses e convidados, dentre elas uma de autoria da santanense Licia Maciel intitulada Sertaneja que apresentamos no final desta matéria.
O encontro também denominado de Sábado Literário foi o terceiro realizado na cidade de Canindé do São Francisco com o objetivo de promover a cultura literária sergipana e demais localidades circunvizinhas.
A solenidade contou com a presença dos membros da academia de Letras, convidados, apresentações artísticas locais, e palestras voltadas para o uso da grafia correta da língua portuguesa no âmbito literário.
?Fiquei imensamente feliz em ver um texto de minha autoria ser publicado nessa seleta, pois, eventos como esse além de servirem para descobrir novos escritores, enaltecem a importância da leitura e escrita no meio sociocultural.? - disse Lícia.
SERTANEJA
Eu venho lá do sertão, onde o sol nasce forte, terra de homem valente e de mulher arretada, de onde vem Lampião e Maria bonita. Do queijo, da buchada das canjicas, e das quadrilhas animadas. Sou sertaneja com muito orgulho, sou filha de um povo trabalhador, que às cinco da manhã espera o leite que voinho tira da malhada.Sou filha de uma terra brilhante de um povo que honra suas raízes, que aparta o gado, planta feijão, que o suor escorre na face traçando suas diretrizes.Venho de uma cultura rica, de um povo de fala mansa e sinuosa, de gente valente e sem temor, que aprende desde criança a ser honrado e trabalhador. Venho do Sertão do Mestre Graça, da terra do Ariano Suassuna, de Luiz Gonzaga o Rei do Baião, da mulher rendeira e do Padim Ciço Romão. Terra dos vaqueiros, escultores e artesãos. Sou filha do nordeste, da terra onde canta o sabiá é impossível não se encantar com as belezas desse lugar. Sou filha do Sertão, de Santana do Ipanema, das Alagoas que tem o mapa na forma de um coração.
De forma poética Lícia Maciel definiu o que é ser escritor:
Ser escritor é viver várias vidas em uma só.
É pôr no papel o que está no coração.
Ser escritor é enxergar além do que se ver.
É ter nas madrugadas a melhor inspiração.
Ser escritor é poder expulsar sentimentos presos.
É estar feliz por ter um pedaço de papel e uma caneta na mão.
Ser escritor é ver as letras como cores e o papel como uma tela.
É pintar poemas, poesias, histórias e emoção.
É poder viajar pra bem longe sem sair do lugar.
Ser escritor é ter palavras em mente e amor no coração.
Lícia Maciel
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