Em Maceió, o restaurante Bodega do Sertão, à avenida Júlio Marques Luz, 62, bairro da Jatiúca, tornou-se um clássico de excelente gastronomia à moda regional, funcionando diariamente das 11h30 até as 22h. O maceioense ama e o turista que vem e volta sai dali, invariavelmente, sorrindo e satisfeito como um bom gourmet viajante. Desde essa terça-feira (2), seguindo até o sábado (6), a ?Semana da Cultura Nordestina? virou mais um bom motivo para degustar a comidinha deliciosa do variadíssimo bufê da casa.
?No Nordeste?, diz o restaurateur Nado Freire, há 11 anos no comando da famosa Bodega, ?comemora-se a Semana da Cultura Nordestina e ninguém está fazendo nada, cara. Então, para não passar em branco, estamos promovendo esse evento.?
Nessa terça-feira, o sacolejante forró pé-de-serra do trio Nó Cego, que também toca no café da manhã aos domingos, das 8h às 10h30, inaugurou a ?Semana da Cultura Nordestina?. Às 20h, a casa estava lotada, confirmando a tese de que se a música é boa e a comida ainda melhor, todo mundo fica feliz.
?Você sabe que a gente não ganha nada com isso?, observa o dono desse hit cultural e culinário da cidade. ?Por mais que se invista na cultura local, é difícil. Mas ao menos isso que a gente está fazendo ajuda a massificar, a associar a nossa casa aos artistas da terra. Um apoio cultural que sempre damos as nossas raízes, já que ninguém toma iniciativa.?
Na programação da semana, ainda, banda de pífano e poesia regional com o agitador cultural Ricardo Cabús, acompanhado pelo músico Allan Bastos.
Premiado algumas dezenas de vezes em festivais gastronômicos na capital e em seleções de revistas como Veja Comer & Beber, no início do ano, na avaliação feita pelo internautas no site de viagens TripAdvisor, o Bodega do Sertão recebeu a classificação ?excelente?.
Essa é a palavra. Convivência, atendimento, espaço, iluminação, decoração, variedade de pratos e sabor, regionalismo de cabeça aberta com inovações frequentes no cardápio, reinventando o tempero e o formato das tapiocas e guisados e dos assados de carne e peixes mil. Fora os bolos, canjicas e arroz doce e cuscuzes dos sertões de Alagoas e da Paraíba onde nasceu Francineide Diniz Freire ? sócia e mulher de Nado Freire.
Uma parte da casa (a do bufê) aberta com ventilação natural, outra no interior climatizada. Mesas grandes para casal e filhos, famílias inteiras com vovô e vovó, grupos de empresários ou de produtores culturais, artistas nacionais que se apresentam na cidade ou estão de férias ? uma gama de clientes que dão vida ao lugar, contagiando-se eles próprios com uma alegria que se tem ali de comer, ver e encontrar amigos e pessoas legais.
O Bodega do Sertão é mesmo um orgulho dos alagoanos.
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