Entidades militares repassam a nova proposta da categoria

Polícia

por Deyse Nascimento - ASCOM- ASSOMAL

Nesta quinta-feira (12), às 16h00, líderes das associações militares se reuniram para uma coletiva de imprensa no Clube dos Subtenentes e Sargentos da PMAL, situado no bairro do Trapiche, com a finalidade de fazer um balanço do movimento até o prezado momento.

A categoria esclareceu que está disposta a negociar com o Governo e traz uma nova proposta que visa o repasse do resíduo de 7% para toda categoria, conforme a Lei nº 6.824 de 13 de julho de 2007, a aplicação do aumento anunciado de 5,91%, com base no índice da inflação, a garantia de que não ocorra quaisquer punição a todos os envolvidos no movimento das associações militares, o estabelecimento da discussão sobre o piso salarial dos militares de 3.100 mil reais bruto, a inclusão de um debate numa mesa permanente com prazo definido para solução e a correção do quinquênio e fixação em lei da jornada de trabalho para 40h semanais. A proposta foi definida em conjunto com representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e será uma forma de reabrir as negociações com o Governo. Além disso, ainda será enviada a Segesp, Sefaz, aos comandos da PM e do CBMAL, a secretaria de Defesa Social, ao Governador e ao Gabinete Civil.

De acordo com o presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal), o major PM Fragoso, hoje, às 19h está sendo concluído o desaquartelamento como fora programado. ?Se não tivermos nenhuma resposta do Governo até amanhã, iremos acelerar nossa pauta de defesa. Elaboramos um documento e não estamos irredutíveis, estamos cada vez mais dispostos a negociar. Não somos radicais, nem vândalos como disseram?, afirmou Fragoso.

Ele disse ainda a revolta partiu da divulgação do aumento de 108% que os próprios deputados deram a si. ?Todos estão desesperados e revoltados com a situação da segurança pública e não praticamos crime algum como também foi dito. Em nenhum momento instigamos ninguém a invadir a Assembleia Legislativa, pelo contrário, fomos tentar resolver a situação. A questão é que as pessoas estão no limite de paciência com a falta de respeito?, explicou.

O cabo Simas, presidente da Associação dos Praças da Polícia Militar de Alagoas (ASPRA), citou que em nenhum momento as entidades militares querem fazer do Estado de Alagoas um lugar de vândalos, como citaram os deputados Antonio Albuquerque (PT do B) e Fernando Toledo (PSDB), o comandante da Polícia Militar, coronel PM Luciano, o governador Teotonio Vilela e o secretário de Defesa Social, Dário Cesár. ?A gente repudia aqueles que não cumprem com as leis, só pedimos que sejam cumpridas as leis de condição salarial e dignidade do servidor público. Outra coisa, não podemos responder a inquérito policial por crimes que não cometemos. Só queremos que a cúpula da segurança pública nos chame para um acordo amigável, mas o Governo insiste em impor de forma ditatorial, tudo à sua maneira", desabafou.

O cabo PM Soares, o sargento PM Guimarães e o soldado BM Ramalho, convocam os militares que ainda não compareceram nas Assembleias, como também seus familiares para engrossar o movimento que ocorrerá nesta sexta-feira.

Punições

Em Boletim Geral Ostensivo de nº 88, que foi divulgado na última quarta-feira (11), mais precisamente nas páginas 20 e 21, o Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de Alagoas, indiciou pela suposta prática de crime militar, o major PM Fragoso e o cabo PM Simas. E solicita que os dois compareçam à Corregedoria no prazo de 48 horas.

Assembleia
Nesta sexta-feira (13), será realizada uma Assembleia Geral com todos os servidores públicos do Estado da saúde, educação, agentes penitenciários e policiais civis, na Praça Deodoro, a partir das 15h00.

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