Famílias de presos denunciam tortura durante rebelião

Polícia

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Marca de ferimento por bala de borracha

Familiares de detentos do presídio Baldomero Cavalcanti denunciaram a ação violenta de policiais e agentes penitenciários que invadiram módulos da penitenciária durante uma rebelião ocorrida na última sexta-feira (21).

Segundo os parentes, que não quiseram se identificar por temer represálias, a ação truculenta foi realizada por policiais da Força Nacional e do Batalhão de Operações Policiais Especiais, acionados para fazer a segurança nos presídios alagoanos com a greve dos agentes penitenciários.

Fotografias divulgadas mostram presos com hematomas provocados por pisões nas costas, feridos por disparos de bala de borracha e até projéteis de armas de fogo que teriam sido deflagrados para conter a rebelião.

Segundo a denúncia, alguns presos teriam sido surrados até com cabos de aço. ?Foi uma tortura. No final, disseram apenas que tinham apenas danos materiais e sem feridos. Uma grande mentira?, disse a esposa de um dos detentos.

Ela também denunciou que os detentos estão sem assistência médica e que houve redução na quantidade da refeição. ?Muitas vezes o café da manhã só começa a ser servido às 10 horas. Estão sendo tratados de forma desumana?, frisou

As denúncias devem ser encaminhadas à Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas.

O presidente do Sindicato dos Agentes, Jarbas Souza, negou que houve excesso na ação dentro do Baldomero Cavalcanti. Ele disse que acompanhou a ação para controlar o motim e que não houve uso de munições letais.

A assessoria da Intendência Penitenciária assegurou que o órgão vai instaurar procedimento administrativo para apurar o caso.

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