Desde Orfeu, os poetas aprenderam a sua fórmula mágica de seduzir. O mito grego, iniciador da música e da poesia, soube comunicar à Grécia com o seu canto que a todos envolvia. Graças ao avô da poesia e da música, abriu-se o caminho da arte, pois, é por meio desta que se pode fugir um pouco da realidade, uma vez que, nos tempos atuais, não se quer mais acreditar na beleza da vida.
A arte é uma magia e o poeta possui o dom de manipulá-la. Os escritores de Santana aclamam a cultura da terra. Representam toda magia que os livros transmitem. E como Santana do Rio Ipanema é uma cidade mágica de tão real, representamos nossa cultura cantando-a em versos e prosas.
Quem não busca ensinamentos em sua cultura? Tudo que se constrói é alicerçado pela tradição que se edifica. Somos o que somos porque aprendemos dos antepassados. As palavras são tão mágicas que voam e vão para bem longe até encontrar um papel em branco e um lápis, e, como num passe de mágica transformam-se em livro. As letrinhas se alojam e quando encontram o leitor amante do livro encantam-se, e para sempre guardam toda aquela magia. Assim, quando as palavras encontram-se, é sempre uma festa para os apaixonados pela literatura.
Escrever para mim, é uma questão de sobrevivência, tanto que a literatura faz parte do meu dia a dia. O exercício dessa prática já se torna rotina quando o escritor alia acontecimentos do passado, aos do presente e os transforma em casos. Fatos despercebidos para outras pessoas tornam-se importantes para o curioso que deseja explorar e fazer daquilo um motivo para sua inspiração. Sempre carrega um papel e um lápis, para não desperdiçar nenhuma sugestão. Muitas vezes, acorda, no meio da noite, com uma história prontinha no pensamento. Levanta e, até no escuro, coloca a ideia no papel.
A criação do texto surge da necessidade de expressão diante de uma nova realidade. Os fatos corriqueiros até são despercebidos por muitos, contudo, o escritor, o poeta, pretende transformá-la em arte. Preserva-se, assim, a cultura do povo. A memória pode falhar, a escrita permanece. Quando as palavras dormem, descansam e se tornam invisíveis, o poeta, mágico sedutor, desperta-as, reanima-as, transformando-as em literatura. Quando acontece o milagre da transformação das palavras em arte, o leitor, apaixonado, conecta-se ao pensamento do poeta e, entre tantos deleites, reencontra-se com suas próprias histórias. E as páginas abertas do novo amanhecer edificarão a história do novo nascer. Este é o milagre da literatura.
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