PECADOS SECRETOS – INTRODUÇÃO

José Vaneir Soares Vieira

“Quem pode discernir os próprios erros? Purifica-me tu dos que me são ocultos..” (Salmos 19.12)

O pecado é o pior dos males é ele a origem de todas as mazelas e desgraças do mundo. É a fonte primária, a boca de onde provém a miséria humana, o esporão que fere a alma, o veneno que nos mata, a picada que mortifica o espírito humano, o ferrão que atormenta, é um inferno na terra, apontando para o inferno final. Falar de pecado causa mal estar em muita gente, mas por que evitar falar daquilo que estar presente na vida de toda pessoa e é a causa primeira de toda desgraça? Por que evitar o inevitável? Por que não conhecer aquilo que nos levará à condenação, caso não nos arrependamos?

Desta forma, estaremos a partir de hoje tratando do tema em uma série de cinco (5) reflexões com o titulo de PECADOS SECRETOS, baseando nossa reflexão na Bíblia Sagrada, mas também nos estudos de escritores antigos que trataram do tema profundamente (C. H. Spurgeon, Samuel Bolton, Nathaniel Vincent e Thomas Watson).

Davi, o homem segundo o coração de Deus, ao perceber como Deus é Santo e justa a sua Lei, bem como pensando na grandiosidade dela, foi levado a fazer esta pergunta: "Quem pode discernir os próprios pecados?" E, então, ofereceu essa oração, "absolver-me dos que me são ocultos".

O escritor Spurgeon ao dissertar acerca do tema, dissera que O Concílio de Latrão da Igreja Católica de Roma, aprovou um decreto que estabelecia que todo fiel verdadeiro devia confessar anualmente todos os seus pecados a um sacerdote, e agregou ao decreto a declaração que não há esperança de perdão se não for cumprido o decreto. Ora, absurdo tal decreto e totalmente destituído de lógica. Será que supunham que os homens podem dizer seus pecados tão facilmente como podem contar seus dedos? Por que se só podemos receber perdão de todos os nossos pecados dizendo cada pecado que cometemos em uma hora, nenhum de nós poderia entrar no céu, visto que, há pecados que não conhecemos e que não podemos ser capazes de confessar, pois há um vasto conjunto de pecados que são verdadeiros pecados como os que podemos observar, mas que estão escondidos e passam despercebidos diante de nossos olhos. Ora, como confessar ainda aqueles pecados cometidos há 2, 5, 10, 15, 20 anos atrás? O decreto de Roma estar de todo equivocado. Não é por Decreto humano que temos orientação para confissão de pecados e obtenção através de sacerdote. Ah, se tivéssemos olhos como os de Deus, teríamos uma opinião muito diferente a nosso respeito. Os pecados que vemos e confessamos são como as pequenas amostras que o fazendeiro traz ao mercado, tomadas do celeiro repleto que está em sua casa. Somos capazes de observar e detectar pequena quantidade de pecados em comparação aos que estão escondidos de dentro nós e que praticamos sem simplesmente dar conta disso.

Sem dúvida que essa é uma verdade aplicável a todos os homens no mundo, posto que a cada hora da existência, enquanto envolvidos em atividades, cometem muitos pecados, não somente os de comissão mas os de omissão e esses pecados são catalogados como falta a tais pessoas.

Agora, temos que aceitar que pecado é pecado, quer o vejamos, quer não. Um pecado, mesmo que não detectado, é um pecado tão real como o que podemos observar, embora não seja tão grave aos olhos de Deus como aqueles que cometemos deliberadamente, não tendo o agravante da intenção.

As pessoas não se consideram pecadoras só porque não cometem os pecados grosseiros, mas diante de Deus, há pouca diferença, haja vista que qualquer pecado nos separada Dele se essa pessoa persistir em viver nele. Àqueles que pecam em segredo e continuam usando a máscara da bondade é preciso saber que não há pecado escondido diante de Deus.

O homem deve abandonar seus pecados grosseiros e públicos, mas também que renunciem, que detestem, que odeiem, que aborreçam todos os seus pecados secretos, pois são os mais deliciosamente praticados. Iremos tratar de 5 temas: Em primeiro lugar, vamos falar que o pecado secreto é uma loucura. Em segundo lugar, que há miséria nos pecados secretos. Em terceiro lugar que há culpa nos pecados secretos. Em quarto lugar que há perigo dos pecados secretos. E, finalmente, vamos aplicar palavras de cura para que todos aqueles que têm insistido em viver em pecados secretos.

Pense nisso!

CONTINUA...



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