“...o Juízo é de Deus” (Deuteronômio 1.17)
Se todos os homens não salvos que não se arrependeram em vida serão julgados e se o julgamento terá como base as obras, então precisamos, acima de tudo, saber que o julgamento será perfeitamente justo. Poderíamos ter sido obrigados a deduzir isso da natureza de Deus, mas as escrituras vão mais longe; elas nos asseguram especificamente que "o juízo de Deus é segundo a verdade" (Romanos 2.2). O juízo só deixa de ter misericórdia "para com aquele que não usou de misericórdia" (Tiago 2.13). Aquele que é chamado "Fiel e verdadeiro... julga... com justiça" (Apocalipse 19.11).
Mas é preciso que não pensemos que essa justiça prefeita é um legalismo rigoroso e declarado. Como no antigo Testamento, à justiça de Deus mistura-se misericórdia. Há uma atitude coerente. Não podemos achar que a misericórdia de Deus empurra-o numa direção e Sua justiça em outra. Ele age de acordo com Seu propósito e determinação, e esse propósito é de justiça misericordiosa. "A justiça e o amor de Deus" estão intimamente ligados (Lucas 11.42). quando Tiago fala que "a misericórdia triunfa sobre o juízo" (Tiago 2.13), ele não está contrapondo a misericórdia de Deus a Seu julgamento. Na verdade, está afirmando a importância de os homens mostrarem misericórdia em suas relações mútuas.
A justiça é a base do Trono de Deus "Nuvens e escuridão estão ao redor dele; justiça e juízo são a base do seu trono" (Salmo 97.2). Não podemos pensar em um Deus justo sem um julgamento justo. A justiça divina pressupõe justo julgamento quando do final de todas as coisas. A base do julgamento serão as obras realizadas pelos seres humanos e cada obra será julgada, cada pensamento, cada omissão, cada ato mal terá seu justo julgamento, pois estão eles escritos nos livros, visto que estes mesmos seres humanos em vida nunca se arrependeram de tais pecados e obras.
Pode-se querer argüir a Deus em face do seu julgamento, achando-se demais que a alma humana vá para um lugar de condenação eterna e para sempre, pois não seria esse um castigo penoso demais, gravoso demais e eterno? A resposta da Bíblia é "NÃO"! Pois Deus tem concedido aos seres humanos todas as boas coisas, Seus bens, Sua misericórdia e Seu amor diariamente. Sua graça comum é distribuída todos os dias quando você acorda, se alimenta, trabalha e faz todas as demais atividades da vida. Ora, veja a graça comum de Deus sobre o mundo em Mateus 5. 45: "Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos". Sabe, Deus todos os dias faz um céu novo, uma manhã diferente e tudo está iante de nós para enxergarmos Deus. Mas não somente isso, vemos Deus de maneira principal em Jesus Cristo o Seu filho morto na Cruz.
Ora, todos os dias Deus dá oportunidade de se ver a Ele e abraçá-Lo, se arrepender e se converter dos maus caminhos, mas o que o ser humano faz? Volta suas costas a Deus e segue seu caminho de perdição. Joga para longe o Sacrifício de Jesus Cristo, despreza-O, zomba das coisas preciosas de Deus e vive seu materialismo louco, sua vida desenfreada de prazer. O que esperar no final?
O julgamento será justo para os seres humanos que não quiseram Sua graça e amor; que nunca se arrependeram e voltaram suas vidas ao Criador para com Ele se reconciliar.
Continua...
Última parte: "O JULGAMENTO É SÉRIO"
Comentários