A CEIFEIRA DA VIDA – ULTIMA PARTE

José Vaneir Soares Vieira

"Porque a morte subiu pelas nossas janelas, e entrou em nossos palácios, para exterminar as crianças das ruas e os jovens das praças” (Jeremias 9.21).

A MORTE PERSEGUE

A morte é tão sem elegância que desaparece do cenário quando alguém, por qualquer motivo pessoal, passa a desejá-la. É isto que acontecerá quando dos fatos descritos no livro do Apocalipse acontecerem: “Naqueles dias os homens buscarão a morte e não a acharão; também terão ardente desejo de morrer, mas a morte fugirá deles” (Ap 9.6). É um poço de contradição: quando não se quer a morte por perto, ela se aproxima, quando se quer a morte ardentemente, ela se afasta. É a vontade de morrer que estimula a eutanásia. Por causa de uma doença prolongada e sem cura, por causa de um escândalo que vem à tona, por causa de uma humilhação insuportável, por causa de um tédio em sua forma mais aguda, por causa da depressão, por causa da perda de um ente querido, por causa da ausência de paz interior e de paz com Deus por causa de uma crise emocional de fundo doentio. Ora, a eutanásia nada mais é do que ir ao encontro da morte ou retirar todas as proteções anteriormente armadas para afastá-la o máximo possível. Exatamente nesta hora, neste estado de espírito e nessa circunstância – a morte foge.

A MORTE MORRE

Quem disse que a morte é campeã invicta? Ela é apenas policampeã – a vencedora de muitas batalhas, de Adão até Moisés, de Moisés até o Apostolo Paulo, de Paulo até Santo Agostinho, de Agostinho até o reformador Lutero, de Lutero até grande pregador Wesley, de Wesley até hoje, de hoje até amanhã, mas não de amanhã até depois de amanhã. Depois de amanhã (futuro próximo), “ao ressoar da última trombeta” (1 Coríntios 15.28), a morte vai morrer. É verdade. Está escrito na Bíblia. Está garantido. O profeta Isaias já falava: “Tragará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos” (Isaias 25.8).

Aquela perguntinha maldosa, arrogante e destemida que aparece no profeta Oséias vai se transformar num grito de libertação: “Onde estão, ó morte, as tuas pragas” (Oséias 13.14). Paulo foi muito feliz ao colocar lado a lado o texto de Isaías com o texto de Oséias, como se vê no mais famoso capitulo da Bíblia sobre a morte da morte:

“Quando este corpo corruptível se revestir da incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão (força, poder)?” (1 Coríntios 15.54-55).

Para todos nós existe a certeza não somente de que a morte um dia morrerá, perderá a batalha que hoje é invencível, mas nos mesmos ou todos aqueles que vivem em Cristo e com Cristo neste mundo, experimentarão a vitória sobre ela quando da ressurreição eterna.

Deus te abençoe.

Pense nisso!

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