Reflexão de Boa Vontade - Caridade

Paiva Netto

A Caridade, na sua expressão mais profunda, deveria ser um dos principais estatutos da Política, porque não se restringe ao simples e louvável ato de dar o pão. É um sentimento que — iluminando a Alma do governante, do parlamentar e do magistrado — conduzirá o povo ao regime em que a Solidariedade é a base da Economia, entendida no seu mais amplo significado. Isso exige uma reestruturação da Cultura, por intermédio da Espiritualidade Ecumênica e da Pedagogia do Afeto*, no meio popular e como disciplina acadêmica. Estaríamos, assim, erigindo um império de Boa Vontade neste planeta. Por que não? Porque o ceticismo exagerado de alguns e a ganância insaciável de outros não o permitem? Ora, a evolução do Ser Humano não pode ser detida. Ela vai por bem ou, infelizmente, por caminhos dolorosos. Mas vai.
Como ensinava Alziro Zarur (1914-1979), saudoso fundador da LBV, Boa Vontade não é boa intenção. Boa Vontade é a vontade boa, firme, decidida, que sabe o que quer, iluminada pela Verdade e pelo Amor. Nada tem a ver com boa intenção, com a qual, no dizer popular, “está calçado o inferno”.

* Trata-se de um dos segmentos da proposta pedagógica (formada também pela Pedagogia do Cidadão Ecumênico) preconizada por Paiva Netto, que propõe um modelo novo de aprendizado, aliando Cérebro e Coração. Essa linha educacional é aplicada com sucesso na rede de ensino e nos programas socioeducacionais desenvolvidos pela Legião da Boa Vontade, no Brasil e no exterior.

José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
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Pensamento extraído do livro Como Vencer o Sofrimento, p. 102, obra de autoria de Paiva Netto e publicada pela Editora Elevação. O best-seller já atingiu a expressiva marca de mais de 230 mil exemplares vendidos.

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