Reflexão — Por Paiva Netto

Paiva Netto

“Olho para o mundo e penso que não pode ser considerado liberto quem anda faminto; quem passa diante de um colégio, mas não pode frequentá-lo, porque os pais não têm dinheiro para comprar-lhe o material escolar; quando na TV, mesmo hoje, aos negros sobram papéis secundários e faltam os de projeção no enredo; quando a mulher recebe salários inferiores aos dos homens; quando a droga força a porta das casas das famílias; quando os ricos, para sair à rua, precisam blindar seus carros e, até assim, não se sentem seguros; quando os pobres vivem no aconchego do lar sob o risco de balas perdidas; quando os enfermos não possuem a assistência devida; quando o respeito à liberdade de expressão está sob ameaça constante. Enfim, quando qualquer pátria potencialmente forte, porém com expressiva parte da população ainda na indigência, não alcançou a autonomia espiritual verdadeira, porque tudo tem início na Alma das Criaturas: tanto o acerto como o desacerto. Daí a necessidade urgente de instruir, educar e espiritualizar com o ecumenismo do coração. Trata-se de um desafio no oceano encapelado pela indiferença de alguns à situação dos indivíduos ou de seus povos. Contudo, constitui uma das mais avançadas decisões que a Humanidade é capaz de enfrentar e tornar auspiciosa realidade. O Amor Fraterno é o mais potente instrumental para a libertação do Ser Humano (...).”

José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
É diretor-presidente da Legião da Boa Vontade.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

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Trecho extraído da revista Globalização do Amor Fraterno (2a edição), p. 26, publicação traduzida para diversos idiomas, especialmente dirigida por Paiva Netto aos participantes da Reunião do Alto Segmento (High-Level Segment 2007) do Conselho Econômico e Social (Ecosoc), órgão das Nações Unidas, onde a LBV possui status consultivo geral.

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