É dever da Religião, além de ensinar a existência do Espírito imortal, efetivar os resultados práticos desse indispensável conhecimento na reforma do mundo. O paraíso social só virá pelo progresso espiritual.
Eis o pragmatismo que, por força da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, o Brasil, à luz do Novo Mandamento do Cristo, oferece à Humanidade, pois tais noções amadurecerão a consciência dos povos para a realidade espiritual de que ninguém pode fugir. Não se pode impunemente impedir a manifestação daquilo que nasce com o homem, mesmo quando ateu: o sentido de religiosidade que se expressa das mais variadas formas. Trata-se de determinismo histórico e, acima de tudo, Determinismo Divino. Antes que fatalmente a Ciência conclua, em laboratório, sobre a perenidade da vida, cumpre à Religião não só falar com maior objetividade sobre a existência do Espírito após a morte, mas também pesquisar o mundo ainda invisível. Enquanto aos olhos exigentes do homem moderno as religiões, o mais das vezes, lhe têm oferecido uma incerteza espiritual, pejada de mistérios — daí o medo do futuro —, o materialismo, firmado nos sentidos físicos, apresenta ao mundo uma “realidade”, que considera palpável, das suas convicções. Isso tem arrastado os seres humanos à sofreguidão pelo gozo das coisas materiais: “Vamos aproveitar agora, porque não sabemos o que vem depois... se é que existe alguma coisa depois...” ouve-se a cada esquina (quando não por palavras, por atos que expressam esse exato sentido).
Daí o delírio e a violência crescentes a não respeitar mais nada, decorrente da ignorância espiritual dos seres humanos. Entretanto, como afirmava Teócrito (c. 320-250 a.C), “enquanto há vida, há esperança”.
E a vida é eterna.
* José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
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