POR QUE EU?

Luciene Amaral da Silva

QUANDO SOMOS ACOMETIDOS POR UMA ENFERMIDADE LOGO NOS PERGUNTAMOS PORQUE EU? PORQUE COMIGO, EU NÃO MEREÇO, LOGO EU QUE SOU UMA PESSOA BOA?

EM PRIMEIRO LUGAR É PRECISO COMPRRENDER A DIMESÃO DA VIDA. SOMOS VIVOS E POR ISSO PASSIVEIS AS ENFERMIDADES, AS DOENÇAS, AS FATALIDADES. POR QUE EU? NÃO TEM RESPOSTA, POIS HOJE É VOCÊ AMANHÃ SERÁ SEU VIZINHO, DEPOIS OUTRA PESSOA E POR FIM TODOS NÓS. VOCE SÓ SENTE HOJE O QUE OS OUTROS SENTIRÃO AMANHÃ.

SEGUNDO, QUANDO SE QUESTIONA SOBRE MERECER OU NÃO, NEM VOCÊ NEM O OUTRO MERECE. NINGUÉM MERECE SOFRER. A QUESTÃO NÃO O MERECER, É O CURSO NORMAL DA EXISTÊNCIA QUE TRAZ EM SEUS TRAÇOS O SOFRER, COMO TRAZ A ALEGRIA, A VIDA A MORTE.

SOFREMOS PORQUE AMAMOS A NÓS, A VIDA, O OUTRO, SÓ SENTE A DOR, QUEM ANTES SENTIU O AMOR.

QUANDO SE DIZ “LOGO EU QUE SOU UMA PESSOA TÃO BOA” AFIRMAMOS QUE OS MAUS É QUEM DEVE SOFRER E NÃO OS BONS, USAMOS NOSSA PRÓPRIA MEDIDA E NOSSO JULGAMENTO, MAS A CHUVA É A MAIOR PROVA DA NÃO ESCOLHA DA VIDA. ELA NÃO SELECIONA, ELE SIMPLESMENTE ACONTECE. UNS BUSCAM, OUTROS NÃO, MAS SEMPRE ACONTECE.

A NÃO CONSCIÊNCIA DA NOSSA EXISTÊNCIA NOS FAZ ABOMINAR A IDEIA DE QUE TEMOS UM PRAZO E UM PROJETO NA VIDA. DEVEMOS ESCOLHER A CADA DIA O QUE FAZER DESSE PRAZO E COMO DESENVOLVER ESSE PROJETO.

DOI, NÃO SE DEVE TIRAR O MÉRITO DA DOR. DOI E FORTEMENTE SE SEPARAR DE QUEM SE AMA POR MORTE. A AUSÊNCIA DO OUTRO, A IDEIA DE NÃO VER A PESSOA NUNCA MAIS ASSUTA, ATERRORIZA. DIZ QUE PASSOU QUE COM O TEMPO A DOR VIRA SAUDADE E A VIDA MAIS UMA VEZ CORRE SEU CURSO NORMAL. A DE CONTINUAR A EXISTIR.

O MOMENTO DO OUTRO DEVE SERVIR DE REFLEXÃO SOBRE O QUE ESTAMOS FAZENDO DA NOSSA VIDA ANTES DE CHEGAR O NOSSO MOMENTO.

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