TROÇA DE CARNAVAL DE JOÃO CARNAÚBA E MAURÍCIO DE DOTA

Fábio Campos

Já se passaram duas dezenas de carnavais desde que os acontecimentos aqui narrados ocorreram. Primeiramente falemos de João Carnaúba. Filho do saudoso Josias Carnaúba, seguiu a profissão do pai, é serralheiro a mais de trinta. Sua oficina fica próximo a loja Maçônica “Amor a Verdade” aqui em Santana do Ipanema. João adquiriu na juventude um apelido no mínimo extravagante, João Pênis.
O que o inspirou a criar o seu bloco de carnaval. E por vários anos foi ao Q. G. do frevo à praça senador Enéas Araújo, junto com amigos, fantasiados à caráter, usando um boné dotado de um membro sexual masculino, e tinha outros artifícios. Teve um ano que sua imaginação voou mais alto: Num carrinho de mão, adaptou uma espécie de baú, que trazia um apelo: “Abra-me!” Àqueles que não resistiam à tentação e a curiosidade, ao abrir a portinhola da arca, tinha o enorme prazer (o que é pra alguns, uma tremenda redundância!) de ter apontado pra si um grande pênis, esculpido em madeira.

Uma foliona de outras paragens, em visita a Santana do Ipanema, teve a ousadia de participar da troça. Só que, sentindo-se ofendida, procurou o policiamento para que tomassem medidas (in)cabíveis contra o autor da brincadeira. O que fez João Pênis, imediatamente entregou o carrinho de mão ao professor Rossone. Os guardas todos amigos da galera, sentiram-se inclusive intimidados de tomar qualquer medida desnecessária, ainda mais contra o sobrinho do desembargador do estado, doutor José Carlos Malta Marques.

Nosso amigo Maurício Oliveira é filho do saudoso Leopoldo Oliveira, conhecido por todos nós, por Seu Dota. Nosso amigo desde a infância foi morador da praça da Bandeira. Hoje em dia, sua casa é onde funciona o SEREST que leva o nome do carnavalesco, José Gomes, o popular Zé Sapo; Foi bem ali de fronte a sua casa que o episódio ocorreu.

Os componentes do seu bloco deram de iniciar um tal de rasga-rasga de cuecas. Só que rasgavam com o indivíduo ainda dentro dela. Metiam a mão pelo cós e puxavam com toda força que dispunham. Maurício nessa ocasião estava com um desses calções cuja cueca de rendinha, é acoplada a peça. Resultado, quando o puxa-puxa pra rasgar terminou Maurício estava sô o pelôco! Pelado, pelado, nu com a mão no bolso! Do jeitinho que nasceu! O Cabra deu um tiro de carreira que nem bala pegava, foi parar no banheiro dentro de casa.

Fabio Campos 27/02/20011 É Professor em S. do Ipanema – AL.

Comentários