Para os cristãos católicos, o calendário civil se apresenta ano inteiro, recheado de datas significativas. Neste mês de março, dois momentos importantes merecem destaque: O dia dezenove de março, considerado o dia dedicado ao carpinteiro José, pai de Jesus Cristo aqui na terra. Transformado em santo pela igreja católica. A sabedoria popular, consagrada pelos mais velhos, diz que se houver chuva no dia dezenove de março, significa que o ano será um ano chovedor, um ano de fartura para a agricultura e consequentemente para os demais segmentos da economia. Os agricultores que acreditam nesse adágio, finca milho e feijão debaixo da terra. E espera colher o cereal na festa de outro santo, São João do carneirinho, o Batista, comemorado em Junho.
Nossa Senhora, Maria santíssima. Aquela que nasceu no seio de Israel, descendência de Davi, Isaac e Jacó. Aquela que quando o arcanjo Gabriel anunciou-lhe a concepção advinda do Espírito Santo, disse o “sim” ao plano de Deus. Os cristãos extemporâneos, tentando decifrar em que ocasião esse momento tão importante teria acontecido, fizeram um cálculo matemático: Consideraram o tempo biológico de uma gestação, se contarmos de 25 de março à 25 de dezembro, teremos o período de nove meses. É essa realmente a data em que Maria concebeu. A igreja denomina 25 de março como o dia da Anunciação.
O dia oito do mês em curso, entrou pra história como o dia internacional da mulher. Por conta de uma causa trabalhista de um grupo de manufatureiras têxteis americanas que acabou em tragédia.
E o dia 22 de março entra no rol das comemorações como o dia mundial da água. Ano passado participando de uma capacitação na UNEAL, promovido pela prefeitura municipal de Santana do Ipanema, através do departamento do Meio Ambiente, com a participação de vários secretários municipais de agricultura e meio ambiente, de todo médio sertão, ouvíamos os palestrantes. A água acabou sendo o carro-chefe na pauta dos assuntos ventilados.
Quando um dos oradores citou a frase de efeito mais gasta no tocante ao tema água: “Precisamos ter a consciência da preservação das reservas e mananciais de água, pois água é um recurso esgotável! Tudo indica que a próxima guerra mundial será por água!...”
Ao ouvir esse trecho do discurso, meu amigo, professor de química, Cícero Júnior, que estava na ocasião representando a secretaria de agricultura do município de Olivença, interrompeu o palestrante e tacou essa:
-Meu amigo, se depender de mim, gasto de água jamais! À muito tempo que eu deixei de consumir esse líquido! Agora só tomo cachaça e cerveja. Desde o dia em que encontrei na internet uma matéria, dizendo que toda água, por mais limpa que seja contém um pequena porcentagem de coliformes fecais, fiz as contas e cheguei a seguinte conclusão: Quem toma um litro dágua por dia, corresponde ao mesmo que comer um prato de merda por mês!
Fabio Campos 23/03/2011 É Professor em S. do Ipanema-AL.
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