Em pleno período quaresmal, vivenciado, mais amplamente pelos cristãos católicos. A notícia nos cai como bomba. Se observarmos, porém, o que diz o papa Francisco, muitos de nós continuamos cometendo, os mesmos pecados da carne, literalmente. E fazemos jejuns, levados por tradicionalismos, regionalismos, culturismos e outros “ismos”.
“Para o papa Francisco é necessário olhar para a Quaresma como o tempo de abrir o coração “para quem errou” e afirmou: “Não é somente deixar de comer carne sexta-feira, e depois, deixar aumentar o egoísmo, a exploração do próximo, a ignorância dos pobres. Para o papa o jejum que Jesus quer, ao invés, é o que desfaz as cadeias injustas, liberta oprimidos, veste quem está nu, faz justiça. O verdadeiro jejum, não é uma lei externa, vem do coração. Esta atitude formal, diferente do real, é a que Jesus mais critica nos fariseus preocupados em cumprir somente observações exteriores, sem a verdade do coração. No final o papa pediu a graça de estarmos atentos e rezarmos por todos, para que a observância da quaresma possa corresponder a uma profunda renovação espiritual.” Fonte: educris.com/radiovaticano
Ao tentar acessar uma matéria sobre o tema à cima, encontrei muitos sites, aqui na web. Inclusive um sensacionalista que dizia no título chamativo: “Papa proíbe cristão de fazer Quaresma”. Mas ao final assumia: “Na verdade o papa não proibiu coisa nenhuma...” Outro que chamava “Quaresma” de “Quarentena”! E, finalmente retificava. Afinal qual a diferença, entre Quaresma e Quarentena?
“Quaresma é a designação do período de quarenta dias que antecedem a principal celebração do Cristianismo: a Páscoa. Começa na quarta-feira de cinzas [após o carnaval] e vai até o domingo de Ramos, anterior ao domingo da Páscoa. Período em que os cristãos dedicam à reflexão, a conversão espiritual, recolhem-se em orações e penitências para lembrar os 40 dias passados por Jesus no deserto e os sofrimentos que Ele suportou na cruz. Na Bíblia, o número quarenta é bastante frequente: 40 dias do dilúvio, 40 dias de Moisés no Sinai, 40 dias de Jesus no deserto, 40 anos de peregrinação do povo de Israel no deserto. Fonte significados.com.br/quaresma”
“Quarentena: Nome feminino 1 - período de isolamento imposto a pessoas portadoras ou supostas portadoras de doenças contagiosas; 8 - ‘antiquando’ período de quarenta dias durante o qual pessoas, animais, navios e outros veículos procedentes de países infectados de doenças epidêmicas tinham de ficar incomunicáveis em um lugar isolado. Fonte: infopédia.pt”
Na nossa infância e mesmo início de juventude, o período da quaresma era vivido com muita penitências pelos mais velhos, privar-se de comer carne as sextas-feiras, não eram poucos os que se dispunham a fazer uma peregrinação, ir a pé até uma cidade onde houvesse romaria: Flexeiras, Santa Quitéria, Juazeiro do Norte. Quando muito velha, ainda assim a pessoa se inventava na sexta-feira santa, de carregar uma pedra na cabeça, até um lugar alto, onde houvesse um cruzeiro. Naquele dia santo, não tomava banho, não penteava os cabelos, não varria a casa, não escutava música. Tinha alguns que se permitia escutar a narração da paixão de Cristo, pelo rádio! E só! De manhã, o que comia era um pedaço de pão seco com uma xícara de café, e puxava pra meio dia, quando aí sim, se alimentava com um almoço todo feito a base de coco e peixe.
Outro assunto quero abordar nesta crônica: O abuso de siglas nas matérias publicadas aqui, via web. Vejam esta daqui: “CURITIBA(Reuters) – A JBS e a BRF duas das maiores companhias globais da indústria de carne, articulavam fraudes em fiscalizações do Ministério da Agricultura com um esquema de pagamento de propina, de acordo com investigação da operação “Carne Fraca”, deflagrada nesta sexta-feira (17.03) pela Polícia Federal. Segundo o delegado Maurício M. Grillo [P.F.], parte da propina seria direcionadas a partidos políticos PP e PMDB. E que foram identificadas algumas ligações do atual ministro da Justiça Osmar Serraglio, na operação. Reportagem: Sergio Spagnuolo. by yahoo.com.br/noticias”
Está no Google: “Sigla é uma espécie de abreviatura formada de inicias ou primeiras sílabas das palavras de uma expressão que representa nome de instituição ou entidade comercial, industrial, administrativa ou esportiva.”
Ao meu ver, via de regra nas redações, as matérias e reportagens também deviam seguir: descriminar o nome da entidade ou instituição logo a frente da sigla.
Duas palavras caem na malha fina da nossa curiosidade, pra descobrirmos de onde, ou como surgiram: “Jejum” e “Propina”:
“Propina vem da união do verbo grego ‘pinó’ (beber) e o prefixo ‘pro’. Formaram o termo “propinó”, que expressava o gesto de oferecer um copo, ou uma garrafa de bebida a alguém que tivesse se saído bem numa prestação de serviço. Chegou a idade Média em Latim vulgar ‘propinare’; em português ‘propina’. Passando a significar “pequena gratificação” ou “gorjeta”. Gorjeta por sua vez refere-se a “molhar a gorja”, ou seja, a garganta. Fonte: entretenimento.r7.com”
“Jejum: Do Latim: ‘Jejunus. Seco; vazio;sem nada. Fonte; origemdapalavra.com.br”
Diante deste esclarecimento remetemo-nos a Biologia, e na parte de Anatomia Humana vamos encontrar ‘jejuno’ que é a porção do Intestino Delgado entre o duodeno e o íleo.
Pra encerrar. Deu no watsapp:
“Cultura sexual: Antigamente na Inglaterra, as pessoas que não fossem da família Real. Para transar, tinham que pedir autorização ao rei. Daí eram obrigados a colocar um cartaz na porta da casa com a seguinte descrição: ‘Fornication Under Consent of the King’. Não demoraria, e viraria a sigla: FUCK! Em Portugal, devido aos baixos índices de natalidade o rei passaria a obrigar alguns casais transarem, nesse caso a inscrição na porta era: “Fornicação Obrigatória por Despacho Administrativo”. No Brasil, os rapazes, estudantes que viviam em Repúblicas. Por serem solteiros, eram obrigados a colocar na porta que todos ali, eram praticantes do: “Processo Unilateral de Normalização Hormonal por Estimulação Tática Auto-induziva.”
Obs: nos dois últimos casos, nos reservamos ao direito de não acrescentar a Sigla!
Fabio Campos, 18 de Março de 2017.
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