Encontrei texto excelente sobre o avanço tecnológico na era da comunicação, e os últimos episódios no cenário político brasileiro, que este cronista, gostaria de compartilhar com você meu caro leitor. O jornalista que me perdoe, mas seu texto de 5 laudas, resumi em menos de uma. Claro, pra otimizar o que mensagem me passou particularmente.
“Em março deste ano, se eu quisesse pegar um táxi, eu poderia esticar a mão e torcer para cruzar com um automóvel disponível. {...] Ou pegar o imã da geladeira com o número do ponto ou do motorista[...] Hoje pego o celular, abro o aplicativo, digo onde estou e sou informado do trajeto e do tempo necessário para chegar um motorista na porta de casa. Reduziu também o preço da viagem.
Há dois anos eu costumava atravessar de pijama o corredor do prédio para pegar o jornal na portaria [...] passei a não ver sentido em assinar um produto que me listava as notícias até as 20h do dia anterior [...] Hoje baixo não um mas vários jornais no tablete enquanto esquento a água do café. [...] Há cinco anos meu celular tinha um único luxo: uma câmera bem das meia-boca. Hoje tem praticamente tudo o que preciso pra trabalhar no bolso. [...] O gasto pra quem quiser falar comigo, é quase nada. Basta uma mensagem instantânea. E isso mudou a paisagem ao meu redor: as lan house desapareceram [...] e ninguém nos corredores da universidade (nos dias atuais) saberá que eu esperava quase uma hora na fila da sala do laboratório de informática para acessar o Hotmail.
Há dez anos eu anotava o que a professora escrevia na lousa. Hoje tiro uma foto e o conteúdo está armazenado, sem que minha letra me induza ao erro quando for criptografada antes da prova. [...] Todas essas mudanças algumas abraçadas de cara, outras com certa resistência – alteraram as formas não apenas como me comunico, mas como penso, como sinto, como me afeto.[...] Some-se a essa tensão uma outra percepção; a de que o encurtamento de distâncias e intermediários produz tanta a solução quanto os problemas.
Pensemos num roteiro hipotético: com um bom roteador, o sujeito contemporâneo pode: trabalhar, pedir o almoço, comprar livros e assistir a filmes sem precisar se deslocar até o trabalho, o restaurante, a livraria ou o cinema.[...] A questão é a rede de serviços que se tornaram obsoletos com as mudanças. [...] a presença da indústria em nossa vida começava na mesa da cozinha. Era comum, prático e até chique, comer miojo, ki suco, sardinha ou salsicha enlatada e esquentar porcarias congeladas no micro-ondas. “Hipermercado” era palavra da moda. [...]
Um mundo novo surge diante de nós todos os dias e com ele as possibilidades de encontros, [...] o governo Dilma, encerrado oficialmente no dia 31 de agosto, mostrou-se incapaz de conter uma bifurcação no horizonte político para daqui a dois anos. [...] (sobre o governo Temer) que oficialmente começou neste 1° de setembro, demonstra já na foto de posse, e em episódios revelados em cem dias de interinidade [...] com todo respeito aos entusiastas do novo dia novo tempo que começa, sinto que acabamos de trocarmos o PC 368 pela máquina de escrever. Fonte: yahoo.com.br/noticias, by Matheus Pichonelli 01/09/2016”
E pra encerrar. Uma aluna, hoje ao final da aula questionou-me:
-Professor se o senhor achasse uma nota de R$ 50 reais toda suja de lama. E dias depois soubesse quem era o dono. O que faria? Lavaria a nota e ficaria com ela, ou devolveria mesmo suja ao dono?
Como demorei a responder...
-Professor! O correto é deixar o dinheiro onde está. Porque “dinheiro sujo” não se lava! Muito menos se entrega ao dono.
Fabio Campos 01 de setembro de 2016.
No nosso Blog o Conto: “O Cão de Vanuatu" (6° Episódio da Saga: “O Crime de Tagor Fashall”)
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