A BARBA DE ELIAS DO BANCO E OSAMA BIN LADEN

Fábio Campos

Exatamente no dia do trabalhador, no Brasil, na América, na França, na Rússia e adjacências, Obama declara pra o mundo que aniquilou Osama! Isso mesmo o terrorista mais procurado do mundo, desde o onze de setembro de 2001! Osama Bin Laden, morto pelas tropas de soldados americanos, numa operação conjunta com a Cia e o governo afegão. Isso é que é mostrar trabalho!

Há quem fique com as barbas de molho, com toda esta história. O mundo, depois da globalização, da internet, do acesso rápido a informação, anda meio ressabiado. Hoje se pensa muito antes de se dar crédito, a qualquer informação. Seja lá de quem esteja partindo. Todos nós sabemos do que nossos irmãos estadunidenses são capazes de fazer pra mostrar que ainda são os maiorais.

Há quem defenda a tese, de que todo terrorista quando fica muito famoso, se preocupe em ter pelo menos dois ou três sósias, para essas eventualidades. E em si tratando de um povo, cujo fanatismo religioso, leva-os a doar-se de corpo e alma por uma causa. Morrer no lugar do líder, seria pra qualquer um dos seguidores do Bin Laden, a glória!

A ostentação de uma barba, pelos caminhos da história, vai ter vários significados. Judeus e mulçumanos as ostentam por tradição religiosa. No tempo que os militares estavam no poder no Brasil, cultivar uma barba poderia significar dissidência política. O fato de usar barba, era como se dissesse pra os que estavam no poder: Sou contra tudo isso que está aí! Era tido como simpático a anarquia ou comunismo. Afinal eram portadores de vastíssimas barbas Tche Guevara, Fidel Castro, Karl Marx, entre outros. Luiz Inácio “Lula” da Silva, desde o tempo da repressão, em que ele sindicalista, iniciou sua trajetória política, mantém até hoje sua barba.

Elias ex-funcionário do Banco do Brasil, de Santana do Ipanema, assim como seus colegas de trabalho, Luiz Capiá (de Seu Zeca), saudoso Mário Beleza, Paulo Décio, Neto Ferreira, Ademir Carvalho, entre outros ostentavam com muito orgulho vastíssimas barbas, nunca tirada. Usadas praticamente por toda suas existências. Elias, foi professor do Ginásio Santana, esse era uma exceção no quesito barba “bem cultivada”. Sua barba era tão feia, que certa ocasião se encontrava na Toca do Pato, e Seu Arlindo dono da lanchonete, não perdendo a oportunidade fez este comentário:

-Elias, essa sua barba, é dura e cheia!

-Como assim...

-Dura de crescer e cheia de falhas.


Fabio Campos 02/05/2011 É Professor em S. do Ipanema AL.

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