Na infância de todos nós ela vai estar presente pra dar-nos educação. Alguns nunca a tiveram, nem dimensiona o valor que tem. Outros já tiveram, e a perderam. Esses sabem, ou subentende-se que saibam, o quão tamanha falta fazem. Estamos a nos referir a elas, as mães.
As "Vitórias" da vida, crianças abandonadas, que ganham esse nome nos leitos de hospitais, resgatadas e salvas por transeuntes, catadores de lixo, garis, etc. Torcemos para que ganhem uma mãe de verdade aqui na terra, porque a outra, Mãe Rainha, continuará velando por elas, no céu. Há tantas mulheres que por problemas diversos, não podem conceber, daí se alistam nas entidades filantrópicas, a espera de uma criança. Pra criar, como se fosse seu filho, quanta nobreza neste gesto! Muito embora vamos encontrar, mesmos nessas situações, as que exigem certas características físicas nas crianças que pretendem adotar, que pena que ajam assim! Outro dia manuseando uma antiga revista de conteúdo religioso, Renovação Cristã, que minha mãe assinava, li uma reportagem interessante, sobre preconceito racial. A revista de 1970, falava sobre como Adolf Hitler, teve que se render a superioridade de um negro americano, Jesse Owens que derrotou o alemão Lutz Long, no salto a distância nas olimpíadas de Berlim em 1936.
A sequência do ciclo biológico vai dizer que é natural que os descendentes vejam o fim dos antecedentes. Na língua popular: Os filhos viverão a ponto de enterrarem seus pais. Numa situação crescente de violência que vivemos - com exclusividade em nossa cidade Santana do Ipanema -vemos exatamente o contrário, todos os dias, nos noticiários, nas ruas, nas casas, nas famílias, mães sepultando seus filhos. Vitimados pela violência urbana, pela disseminação das drogas. A banalização do crime com morte. A desvalorização da vida humana! Seria outra premonição do Padre Cícero Romão Batista? "Vai chegar o dia que mais mães vão enterrar filhos do que os filhos a sua mãe!" É uma dor muito próxima da que Nossa Senhora sentiu ao pé da cruz.
Outro futuro sombrio se avizinha atacando o seio sagrado da família. A legalização da união entre homossexuais. Num período muito próximo vamos ter crianças ainda mais neuróticas, adotadas por esse tipo de relacionamento. E vai chegar um dia que perguntarão:
-Qual de vocês dois é minha mãe?
Terá o contrário também aquele que chegará na escola dizendo:
-Professora, Pai, eu tenho logo dois!
Na praça do Monumento do meu tempo de infância, quando dois meninos estavam a ponto de brigar,se fazia uma roda entorno deles, atiçando. E Tinha aquele que quer mesmo ver a bagaceira, torcendo pra começar o "telekete", Aí botava mais lenha na fogueira! Fazia um risco no chão e dizia a um dos meninos da rixa:
-É a tua mãe!
Aquele que fosse mais encrenqueiro naturalmente queria briga: Ou pisava no risco, ou cuspia! Não tinha jeito, aí a tapa comia no centro! Faça-se tudo mas não "toque" na mãe! Era esse nosso lema. Que o digam os juízes de futebol.
Fabio Campos 16/05/2011
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