Djalma de Melo Carvalho
Membro da Academia Santanense de Letras.
De métrica, rimas, poesia,
Não entendo como gostaria.
O poema como prosa
Sem encanto e melodia,
Só em acordes de viola
Pode animar a cantoria.
Puxo pra lá, pra cá
Risco, insisto, não dá.
Tenho pena do danado
Meu verso, meu poema
De vê-lo, afinal, jogado
Às águas do meu Panema.
Ritmo, métrica, musicalidade,
Beleza, rimas, expressividade.
Mais esforço, que jeito?
Busco, afinal, toda inspiração.
Verso bonito e bem feito
Terá, pois, o dedo da vocação.
Depois da semana festejada,
Moderna, muito comentada.
Clássico jeito de louvar
Meu belo soneto, coitado
Logo teve que se mudar.
Depressa foi desprezado.
Alexandrino, capricho, primor, pureza.
Parnasiano, cadência, fulgor, beleza.
O verso livre de mansinho foi ficando.
Tudo desapareceu, é somente passado.
Que pena! O poeta ficou sonhando.
E meu poema a água levou, foi levado.
Maceió, janeiro de 2013.
Comentários