Antonio Machado
“Nascuntur poeta, fiunt orantores”
(os poetas nascem os oradores se fazem)
Um convite muito bem emoldurado, recebi do eminente Dr. Cláudio Jucá Santos, para o lançamento de sua décima obra, intitulada de O breviário de Nice.O evento cultural teve lugar na Escola Superior da Magistratura de Alagoas, ESMAL, que abriu suas portas para elite maceioense, no seu salão nobre, assisti o lançamento da obra daquele bordo alagoano. Compareci como determinou o gentil convite, e senti de perto, o quanto o escritor poeta Dr. Cláudio Jucá Santos é querido, mormente pela elite cultural de Alagoas, pois lá se encontravam pessoas do quilate do Desembargador James Magalhães, Dr. Laurentino Veiga, Dr. José Medeiros, o cantor Didy Lyra, o poeta Zé Brejeiros e outros expoentes da literatura Alagoana, que foram prestigiar aquela noite de autógrafos, num ambiente extremamente digno daquele evento, senti-me fragilizado ante tantos nomes importantes de nossa literatura, mas mesmo assim eu estava representando a ACALA, como membro efetivo daquele sodalício das letras. Cumprimentei o poeta Jucá Santos, que emocionado, ainda lembrou de mim num afetuoso abraço, segredou-me ao ouvido, Machado, eu quero você é na Academia Maceioense de Letras, aguarde. Comoveu-me, pois, estas palavras tão alvissareiras.
Ora, se poeta Jorge de Lima é o príncipe dos poetas alagoanos de antanho, Jucá Santos é o príncipe dos poetas do presente, seus escritos poéticos atestam esta afirmativa, que mesmo já em idade longeva, continua produzindo e dirigindo com garbo, a Academia Maceioense de Letras há muitos anos, fazendo um trabalho a toda prova, dada a sua primorosidade nos trabalhos daquela casa que já ultrapassa seu cinquentenário na difusão da cultura. Li atentamente os cem sonetos escritos pelo poeta maior, Jucá Santos, e senti que foram escritas com a tinta extraída do coração e a pena da saudade, a leveza de seus sonetos enternecem o coração e enleva a alma, levando-a a passear por caminhos atérios na metamorfose da ilusão, que enche os corações dos amantes nos fluídos do amor, embalados na simetria do afago. Quando se é poeta, não se envelhece, o tempo não conta, porque a velhice não existe, para quem sabe envelhecer...
Assim escreveu Jucá Santos, o poeta maior, “poucos possuem essa felicidade/ de festejar, junto com seu tesouro, /essa festa de amor e saudades/essa festa de luz bodas de ouro, e segue por aí o caminho o Breviário de Nice, permeado dos mais belos e encantadores sonetos numa exaltação a sua bem amada, vendo-se em cada poema, o desabrochar de uma nova flor perfumando essa estrada percorrida por Jucá santos que tanto orgulha a Terra dos Marechais. Esse florilégio de sonetos devidamente metrificados foram feitos por um mestre da poesia, como a receber de Zeus, os fluídos para suas composições poéticas, a cada um que se sucede com a mesma candura que contém em toda obra.
O vate pela sua sensibilidade poética, parece ser diferente das outras pessoas, porém não o é, apenas escreve coisas diferentes, extasio-me, pois, ao ler o que meu poeta Colly Flores, que escreveu sobre ser poeta, “ser poeta é rir na tristeza e em tudo encontrar alegria, assim deve ser o poeta, em tudo encontrar poesia...”. E o grande Mario Quintana escreveu: “ser poeta não é dizer grandes coisas, mas ter uma voz reconhecida dentre todas as outras”.
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