A luta pela sobrevivência nos dias hodiernos constitui-se uma forma titânica, ficando fora dessa faixa uma pequena estatística, afirmam que o funcionalismo público das Alagoas ascende a casa de 70 mil servidores, com pequenos aquinhoados, ficando um número maior na faixa de dois salários mínimos pagos religiosamente no último de cada mês trabalhado, diga-se isto a bem da verdade, e entre os dias 10 e 11 do mês subsequentes, a chamada faixa 2, encerrando a folha salarial do Estado, sonho maior de cada servidor. Timidamente algumas faixas tiveram seus magros aumentos em suas datas bases. E aqui, prezado leitor, reporto-me a classe mais sofrida, a dos professores. Rui Barbosa, do alto sua sapiência de seu tempo sentenciava: “nem todos àqueles que mandam, mandam bem”, olhando para o governo Renan Filho será que o governador de Alagoas, não faz jus a este aforismo? Notadamente nos dias que correm. Cabe uma analise bem refletida de cada servidor, e especificamente a classe sofrida dos professores da rede Estadual de ensino, pois sequer o governador acenou em atenção ao pleito dos professores, que já está chegando ao último mês do ano, e o aumento, zero. Quantas campanhas meritórias encetadas pela classe, movimentos reivindicatórios, reuniões fundamentadas e realizadas com o mesmo objetivo, o aumento salarial da classe o Sinteal, órgão que congrega os professores do Estado, tem sido de uma atuação de todos os elogios, em defesa dos associados, marcando reuniões, encontros tanto com o governador Renan Filho quanto com o vice, Dr. Luciano Barbosa, que acumula também, o cargo cobiçado de Secretário de Educação de Alagoas, e mais é também professor. Ora, leitor amigo essas convocações dos professores a essa duas autoridades constituídas, infelizmente não tem funcionado até hoje, haja vista as autoridades não atenderem ao chamamento dos professores num desrespeito a classe. Bérguisson dissera: “devo mais ao meu mestre, que é meu pai, porque se este me dá o pão que alimenta a vida, àquele me dá o saber que nutre o espirito”. Sente-se aí o valor de se ser professor, aquele que leva a luz do saber aos que não sabem, levando Austen, gênio da humanidade, escrever: “a mente que se abre o conhecimento, nunca mais será a mesma”, cuja metáfora atravessou séculos e hoje está tão perto de nós. Educar é para a vida, e só o mestre, a professora, a heroína anônima possui essa sublime habilidade, levando o Marechal Floriano Vieira Peixoto, alagoano de boa têmpera escrever: “quando se abre uma escola, fecha-se uma prisão”. Aqui está, caros colegas professores este modesto artigo, focando a educação e seus descasos e os professores, êmulos vivos de uma sociedade tão carente de educação, tão esquecido, tão vilipendiado pelos poderes maiores do Estado, que com certeza não estão cumprindo a sua parte, quando já se ver tantas mãos trêmulas pelo exercício de ensinar para a vida, e que essa profissão tão bonita quanto bela, não lhe amealhou recursos, porque os aumentos não faziam jus a sua abnegada e sublime vocação, ser professor portanto, senhor governador, atenda carinhosamente o pleito justo e merecido dessa classe, Gabriela Mistral, grande pedagoga chilena sentenciava: “Senhor, vós que fostes mestre, perdoa-me se pelo mundo também recebo esse nome”.
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